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Empoderamento feminino e cooperativismo foram destaque durante o I Encontro de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal

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Mulheres das comunidades tradicionais do Pantanal e Cerrado.

Durante três dias, mais de 115 pessoas – produtores extrativistas e agricultores familiares, profissionais, estudantes e especialistas – compartilharam conhecimentos, participaram de capacitações e debates no I Encontro da Rede de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal. O objetivo era fornecer informações a respeito das diferentes possibilidades organizacionais que possam ampliar a capacidade produtiva e de comercialização da cadeia produtiva dos frutos nativos, além de definir de maneira participativa, o melhor formato de gestão para o grupo das associações pilares que participam da iniciativa.

Realizado na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, o encontro promoveu o empoderamento feminino com destaque para o Fórum da Mulher, no qual foram debatidas e apresentadas as legislações voltadas a mulheres brasileiras.  A Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, também esteve presente durante as discussões.

“Um evento como esse só tem que espalhar benefícios, tanto para as comunidades quanto para nós, pois existe a real possibilidade de aprimoramento, estreitamento do laços, além da promoção das áreas e políticas em prol das comunidades tradicionais e agricultura familiar”, afirma a consultora do projeto, Nathalia Eberhardt. Ela também destacou que o feedback e o intercâmbio dos participantes foi bastante positivo, pois tiveram a oportunidade de conhecerem as atividades e sistemas produtivos de outras localidades.

I Encontro da Rede de Mulheres reuniu os membros da Associação de Pescadores Artesanais de Iscas Vivas de Miranda (Apaim), Assentamento Bandeirantes, Ceppec, Associação das Mulheres Artesãs da Barra do São Lourenço (Renascer), Associação de Moradores da Comunidade de Antônio Maria Coelho e a Associação de Mulheres da Comunidade de Porto da Manga. Lembrando que as moradoras de Porto da Manga fundaram sua associação durante as primeiras ações de campo do projeto, que ocorreram em fevereiro.

Para Rosana Sampaio, integrante do Ceppec que participou dos workshops e palestras – tais como cooperativismo, economia solidária e canvas –, I Encontro da Rede de Mulheres foi a oportunidade de visualizar de forma mais clara a situação do sistema organizacional das associações e estimular mudanças significativas na gestão dos empreendimentos sociais. “Esse evento foi um momento de fortalecimento pra gente, veio na hora certa e vitaminou nossos ânimos. Estou levando para casa a grata satisfação de participar do encontro”, salientou Rosana.

Segundo o diretor-presidente da ECOA, André Siqueira, este é um importante passo para a consolidação de mercados e negócios sociais para as famílias que vivem do extrativismo e da agricultura familiar e encontram grandes dificuldades de se desenvolverem no campo, “é um momento para eles mostrarem esses gargalos pensando meios de superá-los sem perder a essência de produzir alimentos com nossa biodiversidade”, enfatiza.

Vejam as principais imagens do evento: 

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