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Ineficiência energética sai caro

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Via Folha PE

Você já pensou no custo do não fazer? Pois é, ele existe e pode respingar na sua conta de energia elétrica. Um levantamento feito pela Comerc ESCO, empresa especializada em eficiência energética, revela que esses gastos poderiam ser transformados em resultados expressivos de produção.

Além de poupar dispêndios, trocar lâmpadas fluorescentes pelas de LED ou melhorar os equipamentos de climatização, por exemplo, podem evitar o desperdício de energia no País. Para se ter ideia, no Brasil, 13% do que se consome de eletricidade por ano é desperdiçado, equivalente a 67% da produção da Usina de Itaipu.

Segundo o diretor da Comerc ESCO, Marcel Haratz, as empresas não têm dimensão do quanto podem economizar com coisas simples. “Da conta de um shopping de R$ 1 milhão, por exemplo, R$ 180 mil são desperdiçados em função do comprometimento da iluminação”, avalia, destacando que com a climatização não é diferente.

“R$ 135 mil são os custos da ‘não eficientização’ dos condicionadores de ar”, frisou. O exemplo considera área bruta locável de 35 mil metros quadrados (m²). A empresa fez o cálculo também para hotéis, redes de varejo, supermercados e indústrias.

“A ideia de fazer esse detalhamento mostra para os clientes que ações simples podem gerar uma economia muito grande”, destaca, frisando que o papel da Comerc, dentre tantos, é identificar as oportunidades para cada cliente. “Para viabilizar o projeto, o BNDES tem linhas de financiamento para o segmento. Ou, se o cliente quiser algo mais amplo, temos a opção de viabilizar a eficiência”, explica.

Caso opte pela Comerc, quando as mudanças estiverem operando, parte da economia vai para os clientes e parte vai para a empresa administrada por Haratz.

Para as empresas que não têm condições de viabilizar o processo, o gestor de eficiência energética da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Daniel Sarmento, sugere fazer o uso dos equipamentos da forma mais racional possível. “É muito particular de cada empresa, mas, o que podemos dizer, é que tentem identificar o diagnóstico dos equipamentos para fazer uma ação de eficiência energética. Antes de tudo, é preciso saber se existe potencial”, comenta.

Ele conta ainda que, quanto maior a empresa, o custo é diluído. Se tratando de uma empresa menor, frisa Sarmento, o custo se torna relevante. “É preciso, portanto, ponderar o investimento e o retorno da economia”, acredita.

Sócio da Publikimagem, também empresa de eficiência energética, Bruno Herbert decidiu colocar em prática o que ele sugere às empresas. Nas unidades de São Paulo, Brasília, Recife e em Minas Gerais, onde tem um call center, todas as luminárias fluorescentes compactas foram trocadas pelas de LED, assim como os equipamentos usados.

“Sem dúvida, reduz o custo com energia e o retorno no investimento chega em oito meses”, constata. No caso da maioria das empresas e residências, as lâmpadas fluorescentes compactas têm potência entre 15W e 18W. E as de LED possuem de 6W a 7W de potência. Ou seja, menos da metade do consumo. De acordo com Herbert, uma lâmpada trocada gera uma economia mensal entre R$ 2 e R$ 2,50 . As lâmpadas fluorescentes tubulares, geralmente, possuem potência de 40W e as de LED possuem potência de 18W, gerando, em caso de substituição, uma economia de mensal de R$ 5.

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