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O prejuízo da atual tentativa de renovação de concessões ferroviárias

2 minutos de leitura
Por Humans Studio

Via ClimaInfo

As ferrovias voltaram às manchetes puxadas pela greve dos caminhoneiros. De repente, o país se deu conta que havia trocado um passado de trilhos por bloqueios de caminhões nas estradas. Numa demonstração de total descompromisso com a questão, o governo anunciou um Plano de Logística de longo prazo num dia, e a negociação da renovação de duas concessões a toque de caixa na semana seguinte. Bernardo Figueiredo, ex-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), disse que “o governo está subestimando as exigências de investimentos das concessionárias de ferrovias para a prorrogação antecipada de seus contratos e jogando fora uma oportunidade única de modernização do setor. A prorrogação das concessões é o único instrumento que se tem hoje para alavancar investimentos em ferrovias. Então, precisamos fazer isso com o máximo de cuidado. Não podemos dar mais 40 anos de contrato para um sistema ficar no padrão do século XIX. Se essas questões não forem resolvidas agora, só poderão ser atacadas novamente em 2057”.

Falta discutir, aberta e transparentemente, a viabilidade de cada ferrovia no mapa logístico nacional, inclusive sob a ótica climática e dos compromissos de redução de emissões. Falta apontar como um plano ferroviário pode ser inclusivo para a categoria dos caminhoneiros, que, pelo jeito, descobriram um jeito de paralisar o país.

https://www.valor.com.br/brasil/5676921/renovacao-de-concessao-e-mal-negociada-diz-especialista

https://www.valor.com.br/brasil/5676919/tcu-faz-objecoes-ao-edital-e-ve-risco-concorrencia-em-leilao-da-norte-sul

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