Representantes indígenas dos países da bacia amazônica se reuniram com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para transferir as preocupações das comunidades em projetos de infraestrutura, como o IIRSA que estão sendo implementadas nos seus territórios e que são financiadas pelo BNDES.
A reunião foi realizada em 21 de agosto deste ano no BNDES local. A Coordenadora das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) com a Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (AIDESEP) foi precisa ao afirmar os danos que estes mega-projetos ocasionam em territórios indígenas.
É neste sentido, que a COICA está pedindo para o BNDES rever as suas políticas ambientais e de abrir um processo de diálogo direto com os povos indígenas para desenvolver políticas operacionais sobre territórios indígenas, respeitando e aplicando a Convenção 169 da OIT.
O BNDES já ouviu e aceitou realizar uma próxima reunião em 10 de Novembro, 2015, a fim de aprofundar as discussões e propostas para criar um grupo de trabalho com a finalidade de abordar os mecanismos de consulta, diálogo e ao desenvolvimento de ações para reverter os impactos ambientais e territoriais dos projetos que são financiados pelo BNDES.
Também foi realizada uma reunião de trabalho com o Fundo Amazônia, recomendando a inclusão de Povos Indígenas no financiamento de projetos sustentáveis para reflorestar e mitigar as alterações climáticas. É bem sabido que os povos indígenas são os atores principais para a conservação da floresta amazônica e são os arquitetos para deter a crise climática.
As discussões se aprofundarão em uma próxima oficina a ser realizada em 10 de novembro de 2015 no Rio de Janeiro.
Fonte: AIDESEP – Asociación Interétnica de Desarrollo de la Selva Peruana
