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Universidade Federal do Paraná e o destrutivo megaprojeto da Hidrovia no Pantanal

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alcides-ecoa
Texto de Alcides Faria (Diretor Executivo da Ecoa)

No dia 18 de fevereiro o Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresentou em Brasília o chamado Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia Paraná Paraguai. A apresentação foi realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e novo evento acontecerá na próxima semana.

Anteriormente a Ecoa identificou que as intervenções físicas a serem propostas pela UFPR serão ainda maiores do que as previstas no megaprojeto original, o da década de 80. O novo plano geral ainda não foi divulgado, mas nos termos da contratação (UFPR/DENIT) do EVTES está claro que as obras irão além do rio Paraguai, alcançando outros afluentes como o rio Miranda, o rio Taquari e o Cuiabá. Anteriormente essa mesma universidade fez um grande projeto de dragagem para um canal na região denominada Passo do Jacaré, no Pantanal, a jusante da cidade de Corumbá, MS.

No site do Instituto, quando noticia que fizeram a reunião com o DENIT, um parágrafo sobre dragagens chama a atenção por mostrar claramente o que é que pretendem com as intervenções: “a principal conclusão apresentada pelo Projeto foi quanto à viabilidade técnica, econômica e ambiental dos serviços de dragagem necessárias para a operação de transportes de cargas na Hidrovia em qualquer época do ano”. Para que se possa transportar cargas no Pantanal durante a seca as intervenções devem ser pesadas e já em 1996 pesquisadores mostraram que extensas regiões secariam se isso fosse feito. Estamos atentos.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia o texto da Ecoa a respeito da Hidrovia Paraná-Paraguai:

hidrovia-parana-paraguai

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