Porto Murtinho apresentou um grande foco de incêndio na semana passada. É o que diz o portal de notícias Porto Murtinho Notícias, do município que fica no estado do Mato Grosso do Sul. Segundo o jornal, o incêndio foi de grandes proporções e atingiu uma área de propriedade privada que fica próxima da fronteira com o Paraguai. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros depois de fazerem um asseiro de 2.500 metros.
Segundo a mesma matéria, na sexta-feira da semana passada, uma equipe do Corpo de Bombeiros foi enviada para a região da Curva do Leque, também no Pantanal, para conter um incêndio.
Em seu instagram, a jornalista da TV Morena, Cláudia Geigher, noticiou um foco de incêndio em Corumbá, ocorrido ontem. Com imagens cedidas pelo Corpo de Bombeiros, ela disse que o fogo foi contido hoje. A organização não-governamental SOS Pantanal também noticiou esse foco de incêndio em Corumbá e destacou que a temporada de incêndios no Pantanal começou.
A Ecoa está extremamente preocupada. Espera-se que as ações preventivas já tenham efeito. Em levantamento feito pela organização, a partir de dados disponibilizados pelo Instituto Nacional Pesquisas Espaciais (INPE) no portal “Queimadas”, vê-se que o número de focos de incêndio desse ano são menores do que no ano passado e se concentram, atualmente, no município de Corumbá. Mapa feito pelo biólogo Thiago Miguel Oliveira Saiefert mostra essa proporção: enquanto no ano passado,na mesma época do ano, houve 2706 focos de calor, este ano há 531.
![](https://ecoa.org.br/wp-content/uploads/2021/07/mapa_focos_calor-1024x724.png)
É possível perceber um aumento de focos de incêndio em relação ao mês passado. A localização também está diferente: atualmente está na região de Corumbá, enquanto que no mês passado estava na região de Porto Murtinho (MS). Veja neste mapa feito em 13 de junho de 2021.
![](https://ecoa.org.br/wp-content/uploads/2021/07/mapa_ecoa_focosdecalor_jun2021-1024x724.jpeg)
“Para este ano espera-se que os incêndios queimem menos do que no ano passado, porque ano passado queimou boa parte da biomassa e apesar da biomassa estar se regenerando, não tem tanta quantidade de combustível quanto tinha ano passado”, explica Thiago Miguel Oliveira Seiefert, biólogo da Ecoa.
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