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Diretor da Ecoa reforça necessidade de trabalho preventivo contra incêndios “Atenção máxima, o trabalho para o ano que vem deve começar agora”

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Imagem retirada da transmissão da Assembleia Legislativa do Mato Grosso.

O diretor da Ecoa Alcides Faria participou da Audiência Pública sobre queimadas no Pantanal de Mato Grosso, realizada hoje (23) pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso.

Ele apresentou dados do nível de água no Pantanal para traçar o cenário formado em 2023 e traçar previsões para 2024. Segundo a medição feita pela Marinha do Brasil, o nível do rio Paraguai em 2023 está cerca de 30 a 40 cm mais baixo do que no ano passado na divisa dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Forte Coimbra, à jusante de Corumbá (MS), o rio está hoje com menos – 0,82 centímetros. “Esse é um indicador de que há menor extensão do Pantanal ocupado por água, então há maior possibilidade de fogo”.

Faria também apresentou propostas que destacam a necessidade de prevenir os incêndios. Uma delas é convencer a população a não utilizar o fogo em queimadas. Um exemplo que reforça esse argumento é o fogo que começou às margens da rodovia BR-262, nas proximidades do município de Miranda (MS).

Além disso, o diretor reforçou os riscos de incêndios para 2024 e uma proposta clara para a prevenção: a criação de um Centro de Operação Climática para o Pantanal, com responsabilidade do Governo Federal e Governos Estaduais, sob a liderança de cientistas climáticos. “Nós precisamos disso para traçar cenários e ter medidas preventivas. Só com o combate na ponta é impossível conter”.

O terceiro ponto apresentado foi o de apoio às Brigadas Comunitárias Voluntárias.“São cerca de 50 que a SOS Pantanal e a Ecoa constituíram com comunidades e fazendas, mas ainda é um número pequeno e elas precisam de ação e assistência permanentes”.

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