O Brasil abriga mais de 250 das 600 espécies de abelhas sem ferrão conhecidas. Além de essenciais para a produção de alimentos, elas podem representar uma alternativa de renda em comunidades rurais.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) vem desenvolvendo capacitações sobre a meliponicultora. A primeira de forma presencial foi realizada em Paragominas (PA), na Amazônia Oriental, com foco nas mulheres.
O trabalho é alinhado à Iniciativa Internacional para os Polinizadores, que tem o objetivo de promover medidas para manter os polinizadores que influenciam em 90% das plantas silvestres e 75% das culturas agrícolas no mundo.
A FAO oferece cursos online como “Abelhas sem ferrão: uma introdução à meliponicultura e Abelhas da América Latina: uma introdução à sua identificação taxonômica”.
Programa Oásis
A Ecoa desenvolve o Programa Oásis, que visa a proteção dos polinizadores em diferentes nichos, incluindo cidades. Os projetos e ações do Programa compreendem pesquisas; a educação com relação às diferentes espécies e seu papel nos ambientes; os riscos do uso de pesticidas na cidade e no meio rural; a contenção de desmatamentos; a formação de brigadistas contra queimadas e a produção apícola e de abelhas nativas sem ferrão em regiões livres de agrotóxicos, dentre outras medidas. Os efeitos das mudanças climáticas localmente também devem ser analisados.
As ações para proteção devem ocorrer com o envolvimento de comunidades rurais, produtores/as de mel, proprietários/as de terras e outros grupos, incluindo cidadãos/ãs urbanos/as. Uma das ferramentas para desenvolver os diferentes processos necessários para a proteção é a metodologia Ciência Cidadã. Em essência, as medidas são associadas para a salvaguarda prioritariamente de regiões que possam servir de verdadeiros Oásis para a proteção das espécies, principalmente em áreas não desmatadas e sem uso de agrotóxicos. Em outras regiões, o Programa de proteção pode ser desenvolvido com planos específicos para suas características.