Coordenada pela Ecoa, a iniciativa reuniu comunidades tradicionais, órgãos públicos e instituições ambientais entre 22 e 24 de abril no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense (MT). O objetivo foi fortalecer ações integradas de prevenção e combate a incêndios, em um bioma reconhecido pela UNESCO como Reserva da Biosfera e ameaçado pela seca prevista para 2025.
A formação foi conduzida pelo Prevfogo/Ibama no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense (MT) e teve a participação de instituições como a Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o próprio Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.
Além disso, participaram brigadistas e membros das comunidades localizadas ao longo do rio Paraguai e no entorno do Parque: Barra do São Lourenço, Binega, Amolar, Paraguai-Mirim e Ilha do Baguari.
O curso incluiu aulas teóricas sobre legislação, comportamento do fogo e estratégias de combate, além de oficinas práticas voltadas à organização de brigadas, uso de equipamentos, queima controlada e construção de linhas de controle. Também foram oferecidas capacitações complementares em Sistemas Agroflorestais (SAF) e Sistema de Informação Geográfica (SIG).
A formação das brigadas chega em um momento estratégico, especialmente com possibilidade de seca prolongada em 2025, o que aumenta o risco de fogo. Diante do quadro de eventos climáticos extremos e análises hidrológicas e climáticas, a Ecoa recomenda a priorização de ações preventivas em áreas mais vulneráveis, a mobilização de brigadas locais e a implementação de planos de proteção para comunidades e Unidades de Conservação.
A formação faz parte do projeto “Manejo Integrado do Fogo com as comunidades tradicionais e o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense na transformação da realidade local”, financiado pelo GEF Terrestre, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução é gerida pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e a implementação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A iniciativa também é apoiada por WWF Brasil e Unesco.
Sobre o Projeto GEF Terrestre
Iniciativa do governo federal para a conservação da biodiversidade da Caatinga, do Pampa e do Pantanal, o Projeto GEF Terrestre atua na criação e no fortalecimento de Unidades de Conservação, na recuperação da vegetação nativa e na proteção de espécies ameaçadas.
A iniciativa é coordenada pelo MMA, por meio da SBio, e conta com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), tendo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) como agência executora.
O projeto também conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e de órgãos estaduais de meio ambiente.