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Ação humana coloca em xeque a conservação de aves do Pantanal

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Foto: Divulgação

Via Dourados Agora

 

As intervenções humanas no Pantanal podem afetar a conservação de três espécies de aves importantes na dispersão de sementes e na renovação das matas da região: arancuãs, jacutingas e mutuns.

Estudo publicado na terceira edição da revista Ciência Pantanal, publicada este mês pela ong WCS Brasil, mostra que em áreas de florestas densas, contínuas e conectadas do bioma, a quantidade de animais dessas espécies por área avaliada era bem maior (429 jacutingas, 150 mutuns e 1.739 arancuãs) na comparação com regiões alteradas por atividades humanas, como desmatamento e pecuária extensiva na planície pantaneira.

Nestas últimas áreas, foram encontrados 18 jacutingas e 338 arancuãs. No caso dos mutuns, o número foi semelhante, o que pode ser explicado pelo surgimento de uma “savana artificial” e ao fato dessa espécie explorar tanto o solo de florestas quanto o de cerrados e campos sujos.

O levantamento foi feito na região da Nhecolândia, no município de Corumbá (MS), entre 2012 e 2013. “A redução das populações dessas aves pode desencadear sérias consequências para a interação biológica da paisagem, em longo prazo”, afirmam os autores da pesquisa, Alessandro Pacheco Nunes (UFMS), Rudi Ricardo Laps (UFMS), Walfrido Moraes Tomas (Embrapa Pantanal) e Marcelle Aiza Tomas (UFMS). A terceira edição da revista Ciência Pantanal, editada pela WCS Brasil (Wildlife Conservation Society ou Associação Conservação da Vida Silvestre, em português) está disponível em https://goo.gl/H1LpNk.

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