//

Advogados internacionais traçam plano para criminalizar a destruição de ecossistemas no mundo

2 minutos de leitura
incêndios no pantanal - 2019 - foto via prevfogo ibama ms
Mudanças climáticas favorecem cenário para incêndios no Pantanal. Créditos: Prevfogo Ibama.

Advogados elaboram um plano para agir legalmente contra o ‘ecocídio’ – criminalizando a destruição dos ecossistemas do mundo. A iniciativa atrai o apoio de países europeus e nações insulares que temem o risco de subida do nível do mar.

O painel que coordena a iniciativa é presidido pelo Prof Philippe Sands QC, da University College London, e Florence Mumba, uma ex-juíza do Tribunal Penal Internacional (ICC).

Sands disse que “é o momento certo para aproveitar o poder do direito penal internacional para proteger nosso meio ambiente global … Minha esperança é que este grupo seja capaz de … forjar uma definição que seja prática, eficaz e sustentável, e que possa atrair apoio para permitir que uma emenda ao estatuto do ICC seja feita”.

O objetivo é elaborar uma definição legal de “ecocídio” que complementaria outros crimes internacionais existentes, como crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio.

O projeto, elaborado pela Fundação Stop Ecocide a pedido de parlamentares suecos, foi lançado este mês para coincidir com o 75º aniversário da abertura dos julgamentos de crimes de guerra de Nuremberg contra líderes nazistas, em 1945.

O presidente francês, Emmanuel Macron defendeu a ideia e o governo belga prometeu apoio. O tribunal penal internacional, com sede em Haia, prometeu priorizar os crimes que resultam na “destruição do meio ambiente”, “exploração de recursos naturais” e “desapropriação ilegal” de terras.

O painel jurídico de 13 especialistas de todo o mundo planejam concluir o trabalho no início do próximo ano.

Elaborado com base no The Guardian.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Lula não listou hidrovias. Em um evento na via Dutra, no Rio de Janeiro, Lula respondeu a um questionamento sobre falta de ferrovias no Brasil, afirmando que “O Brasil não precisa apenas de rodovias. Precisa de ferrovias. E precisa recuperar a sua cabotagem. Porque a gente precisa de transporte marítimo, rodoviário e ferroviário. É esta combinação intermodal que vai permitir que o nosso país dê um salto de qualidade”. No caso da Hidrovia Paraguai Paraná pretendida pela ANTAQ – dragagens e derrocagens – seria um bom sinal? Com as chuvas e recuperação do nível do rio Paraguai a Hidrovia voltou a operar em seu ritmo normal, o que é muito positivo.