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Alterações climáticas aumentam risco de extinção de espécies brasileiras

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A pesquisa divulgada pela revista Science foi realizada pelo professor Mark Urban, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.

A baleia-jubarte e a arara-azul-grande estão entre as 170 espécies da fauna brasileira que saíram da lista nacional de extinção, divulgada no final do ano passado pelo Ministério do Meio Ambiente. No entanto, outras 1.173 espécies ainda correm sério risco de sumirem de vez. A ameaça se tornou ainda maior após o resultado de uma outra pesquisa divulgada no início deste mês pela revista científica Science, apontando que, até 2100, se nada for feito para reverter as mudanças climáticas no mundo, 16% dos animais e vegetais se perderão. Países da América do Sul estarão entre os mais atingidos por esse desastre ambiental, além de Austrália e Nova Zelândia.

“É urgente que se faça algo para garantir a permanência de todas as espécies que já estão ameaçadas e de outras que estão por vir. Se não for severamente controlado e reduzido, o aquecimento global afetará a biodiversidade de vários ecossistemas, colocando em risco a sobrevivência de diversas espécies. Algumas poderão até se adaptar às novas condições, quando seu habitat natural desaparecer por completo ou se tiverem dificuldade de se chegar a ele, mas muitas certamente não resistirão às mudanças”, diz o presidente do Conselho Regional de Biologia de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CRBio – 1ª Região), Eliézer José Marques.

De acordo com o biólogo, os impactos do aquecimento global que colocam a sobrevivência de tantas espécies nativas em risco são diversos e variados. “Da interferência no ciclo reprodutivo de sapos à redução na produção de flores e frutos de algumas espécies da Amazônia, que a longo prazo podem decretar o fim dessas espécies, são alguns exemplos do que o aquecimento global pode causar à nossa biodiversidade”, diz Marques.

Ainda segundo a pesquisa divulgada pela revista Science, nos países sulamericanos a perda de espécies animais e vegetais pode ser maior, chegando a 23%, justamente por terem habitats únicos e essenciais a muitas espécies.

A pesquisa divulgada pela revista Science foi realizada pelo professor Mark Urban, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.

Fonte: Ex-Libris Comunicação Integrada

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