– Chegará a hora do Pantanal?
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e parceiros privados lançaram edital para projetos de restauração ecológica na bacia do rio Xingu. O valor total a ser aplicado é de R$ 26,7 milhões, sendo R$ 13,35 milhões aportados pelo BNDES e o restante dividido entre Energisa, Norte Energia e o Fundo Vale. A iniciativa apoiará até 9 projetos no Pará e em Mato Grosso.
A Bacia do Xingu é um território que engloba rios de contribuição expressiva para os ecossistemas amazônico e cerradeiro, com grande sociobiodiversidade que, do Mato Grosso ao Pará, exibe composição de savana e florestas. Sua área total é de 531.250 km². O rio Xingu, juntamente com seus principais afluentes, é monitorado pela Agência Nacional de Águas e Serviço Geológico do Brasil, gerando um Sistema de Alerta Hidrológico próprio para as três principais áreas: Baixo Xingu, Médio Xingu e Alto Xingu.
“A Bacia do Rio Xingu é fundamental para a Amazônia e para o Cerrado, para o clima e para os moradores dessas regiões. O apoio a projetos de restauração promoverá também um grande impacto positivo na socioeconomia da região”, disse Manoel Serrão, superintendente de Gestão de Programas do Funbio à Agência de Notícias BNDES.
Objetivo do Edital
O objetivo do edital é combater desmatamento e gerar emprego e renda por um modelo de desenvolvimento sustentável. A articulação vem do Programa Floresta Viva do BNDES, através do qual se destina recursos oriundos do Fundo Socioambiental do BNDES e investimentos de parceiros para restauração com espécies nativas e formação de sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.
De acordo com representantes do Programa Floresta Viva do BNDES, uma área equivalente a 2,1 mil campos de futebol será restaurada com os recursos previstos. O foco está voltado para áreas estratégicas como unidades de conservação, terras indígenas e áreas da agricultura familiar, todas identificadas com o apoio do Ministério do Meio Ambiente.
Além do investimento citado acima, o Programa tem como meta investir R$ 700 milhões em 7 anos em vários biomas. O primeiro edital foi lançado em 2022 para atender regiões de mangue no Brasil. O segundo edital foi de 2023 para Amazônia e a terceira chamada está destinada para a Bacia do Xingu.
A Ecoa trabalha prioritariamente a Bacia do rio da Prata e nela as ações diretas estão mais concentradas na Alta Bacia do rio Paraguai, onde está o Pantanal. A região carece de investimentos em recuperação de suas microbacias urgentemente e por isso entendem os que seria de extrema importância que o BNDES lance também um programa especifico para a parte brasileira da Bacia.
