O projeto “Bocaiúva e outras espécies do Cerrado: suporte para o uso sustentável em Miranda”, executado pela Ecoa desde 2008, resulta em uma cartilha de técnicas de aproveitamento de extrativismo e manejo sustentável do fruto que dá nome ao projeto, a Bocaiúva (macaúva, macaúba ou bocajá).
O Projeto teve como principal objetivo incentivar novas alternativas de renda, proporcionando mais qualidade de vida para as comunidades da região de Miranda, mais especificamente para o Assentamento Bandeirantes e para a Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM).
Jean Fernandes, coordenador do projeto, foi quem liderou todo o processo de coleta de informações junto às comunidades e repasse desses dados aos pesquisadores envolvidos no trabalho, para que juntos pudessem buscar alternativas para o extrativismo do fruto na região, associando o conhecimento tradicional das populações locais com o conhecimento científico.
“Além de coordenar o projeto, tive o papel de aproximar os atores chave das comunidades com os pesquisadores, a fim de mostrar que a Bocaiúva, poderia sim, se tornar uma alternativa de renda e uma grande oportunidade para as famílias”, afirmou Jean Fernandes.
O coordenador ressaltou ainda que este trabalho só foi possível graças ao trabalho em equipe, não só dos técnicos e Diretores da Ecoa, mas de todas as instituições parceiras, como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Embrapa Pantanal, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Paraná (UFPR), APAIM e Associação de moradores do Assentamento de Bandeirantes.
“Foi um grande prazer participar desse projeto, aprendi muito com pesquisadores, professores e principalmente com os moradores das comunidades. Não havia muita informação sobre o assunto, um trabalho intenso e participativo, onde todos puderam aprender juntos,” afirmou.
Esta iniciativa foi financiada pelo Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS), criado para apoiar projetos de organizações não governamentais e de base comunitária que desenvolvam ações que geram impactos ambientais globais positivos, combinados com o uso sustentável da biodiversidade. Coordenado técnico-administrativamente pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).