– Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que foram 258 mortos, 126,3 mil desabrigados e 717,9 mil desalojados em 2023;
– O excesso ou a falta de água uma das maiores causas das tragédias. Proteção de microbacias e aguas subterrâneas uma necessidade maior.
As perdas econômicas causadas por eventos climáticos extremos atingiram fortemente a agricultura e a pecuária, causando prejuízos na casa dos R$53,6 bilhões e R$15,3 bilhões, respectivamente. A seguir os valores das 8 áreas com maior perda publicada pela CNN:
1. Agricultura: R$ 53,6 bilhões em prejuízos (50,8%)
2. Pecuária: R$ 15,3 bilhões (14,5%)
3. Sistema de transportes: R$ 10,9 bilhões (10,3%)
4. Abastecimento de água potável: R$ 10,8 bilhões (10,2%)
5. Obras de Infraestrutura: R$ 3,9 bilhões (3,7%)
6. Habitação: R$ 3,5 bilhões (3,3%)
7. Comércios locais: R$ 1,7 bilhão (1,7%)
8. Indústria: R$ 1,6 bilhão (1,6%)
Registre-se que a maior parte das perdas estão relacionadas a água – principalmente secas afetando a agricultura e a pecuária e o abastecimento de água no meio urbano. Em anos anteriores a falta de água trouxe enormes prejuízos para a geração elétrica nas hidrelétricas e a navegação na bacia do rio Paraná, onde está a maior parte da geração no Brasil.
A conjuntura ambiental brasileira – e da América do Sul – mostra que os efeitos das mudanças climáticas se abatem fortemente sobre territórios ocupados desordenadamente, devastados por desmatamento e sob o ‘comando’ de atividades econômicas insustentáveis, principalmente quanto a proteção de microbacias hidrográficas e as águas subterrâneas.