Comércio de Iscas Vivas no Pantanal

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Comercio-de-iscas-vivas-no-pantanal-de-mtEste estudo aborda o comércio de iscas vivas registradas pelo Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (SCPESCA/MS), em 2005. Trata-se do comércio no atacado, realizado por intermediários entre municípios e entre Estados, pois a venda local (no atacado ou varejo) é feita diretamente entre as partes e não é contabilizada pelo Sistema.

Foi registrado um total de 1.230.229 exemplares de iscas vivas, estimando-se que representam no máximo 16% da captura regional. As iscas registradas foram oriundas dos postos de vistoria de Corumbá (75,7%), Porto Murtinho (14,4%), Miranda (6,5%), Buraco das Piranhas (3,5%) e Taquarussu (0,1%). O número de iscas negociadas por transação comercial variou entre 150 e 30.000 exemplares, com média igual a 3.220,5 (d.p. = 4.000,3), sendo reconhecidos quatro tipos de transações em função do número de exemplares comercializados. Foram registrados sete tipos de iscas, ocorrendo mais de uma espécie por tipo, assim representadas: tuvira (59,3%), tuvirão (16,1%), caranguejo (16,2%), mussum (3,4%), jejum (3%), cascudo (1%) e caboja (0,1%).

O número de iscas comercializadas variou ao longo dos meses do ano, ocorrendo um pico no início (abril) e outro menor no final do ano (agosto – outubro), que foram relacionados ao comércio interno e para outros Estados. A maior parte das iscas foram comercializadas para o próprio Mato Grosso do Sul (64,5%), mas também seguiram para Mato Grosso (20,4%), Paraná (10,2%), Goiás (3,9%) e Santa Catarina (0,3%). Foram identificadas as principais rotas de comércio a partir das regiões produtoras, destacando-se como destinos os municípios de Cáceres (MT), Coxim, Campo Grande e Anastácio (MS). Foram também considerados aspectos ecológicos e econômicos das pescarias de iscas e sua estreita relação com a pesca amadora, constituindo, na prática, uma parceria entre diferentes setores da pesca no Pantanal.

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