Na última semana, foi realizado o evento Semeando conexões: unindo jovens para a sustentabilidade das paisagens nos Bosques Modelo da América Latina no Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza (Catie).
O evento reuniu representantes de 16 Paisagens Modelo da América Latina e Caribe, com o objetivo de promover a sustentabilidade territorial por meio da comunicação e colaboração entre jovens de diversos países.
Fernando Carrera, gerente geral da Red Latinoamericana de Bosques Modelo, destacou o trabalho realizado nos territórios. “Um Bosque Modelo não é só um bosque, é um território com diversos usos e valores da terra, onde convergem atores de diferentes setores para a gestão territorial e governança”.
A Paisagem Modelo Pantanal, foi representada pela coordenadora de comunicação da Ecoa, Talita Oliveira, que apresentou o trabalho realizado no território pantaneiro. “Foi uma experiência fantástica poder compartilhar o trabalho desenvolvido na Paisagem Modelo Pantanal e conhecer melhor o trabalho de outros bosques modelo ao redor do mundo”, destacou.
Para José Albornoz, do Bosque Modelo Tucumán, da Argentina, o trabalho coletivo em nível continental é fundamental. “Este evento nos permite promover uma colaboração mais estreita entre os jovens da América Latina, unindo esforços para enfrentar os desafios ambientais”.
O que é Paisagem Modelo Pantanal?
Uma Paisagem Modelo representa um processo colaborativo que une uma variedade de pessoas e grupos para concretizar uma visão compartilhada de desenvolvimento sustentável em uma vasta área geográfica – paisagem.
Geograficamente, uma Paisagem Modelo é uma paisagem dinâmica, composta por florestas, fazendas, assentamentos rurais, áreas protegidas, rios, corixos, baías, todas interligadas e funcionais. Conceitualmente, ela adota uma abordagem baseada em seis princípios fundamentais, que criam sinergias entre as necessidades sociais, ambientais e econômicas das comunidades locais através da conservação a longo prazo das paisagens. Em resumo, uma Paisagem Modelo não considera apenas as pessoas que dependem da terra e dos recursos florestais para sua subsistência, mas também reconhece o impacto humano sobre esses recursos e o desenvolvimento da região.
