O dia 14 de novembro é um marco para a sociedade civil contra o megaprojeto da Hidrovia Paraná-Paraguai, em defesa do rio Paraguai e do Pantanal – que também é homenageado no dia 12 de novembro. Em Cáceres, Mato Grosso, a data comemorativa nasce de uma vitória do povo, em 2001, quando conseguiu impedir o início da obra que daria origem a hidrovia.
Um rio que nasce na Chapada dos Parecis, MT, e também banha o estado de Mato Grosso do Sul, faz fronteira com a Bolívia em um trecho e é fonte de comunidades tradicionais e ribeirinhas que sobrevivem a centenas de anos do rio, têm belezas por toda sua extensão, navegadas por pescadores, turistas e amantes da natureza. As datas 12 e 14 de novembro homenageiam mais que os muitos quilômetros de água e terra.
Infelizmente, após duas décadas deste marco, as tentativas para viabilizar a Hidrovia ainda permanecem, com a divulgação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). A Ecoa acompanha os processos ligados ao projeto desde a sua fundação, em 1989, entendendo que a obra, somada as mais de 130 represas em toda a Bacia do Alto rio Paraguai, terá impactos devastadores para o Pantanal e para os povos das águas.
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