16 de Setembro, sexta- feira.
Jack Johnson finaliza congresso da IUCN .
12 de Setembro, segunda-feira.
Estadão
ONGs fazem manifesto por ampliação do parque da Chapada dos Veadeiros
Comitê dos membros brasileiros da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) divulgou três manifestos em congresso no Havaí ; eles pediram também criação do parque Boqueirão da Onça e a manutenção de unidades recém criadas no AM que estão em risco de serem anuladas
O comitê formado por membros brasileiros da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) divulgou nesta sexta (9) três manifestos, enviados ao presidente Michel Temer, fazendo um apelo em prol das unidades de conservação (UCs) do Brasil sejam criadas.
As cartas, assinadas por ONGs ambientalistas do País e pela academia reunidas no Congresso Internacional de Conservação, em Honolulu, chamam atenção para três casos: a proposta de ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO); a proposta de criação do Parque Nacional e da Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça (BA); e um projeto de deputados do Amazonas para a desafetação de cinco unidades de conservação criadas no sul do Estado no último dia de gestão da presidente Dilma.
Em comum às três mensagens está a defesa de que a proteção da natureza no Brasil não só ainda precisa crescer como não pode retroagir nas conquistas. Os textos foram enviados para o presidente Michel Temer e para os governadores de Goiás, Bahia e Amazonas.
O caso da Chapada dos Veadeiros é o que vem se arrastando há mais tempo e, quando estava prestes a ser resolvido, sofreu um novo adiamento. O imbróglio se dá sobre a proposta, feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, de ampliar a área atual de 65 mil hectares para 242 mil hectares.
Após uma série de consultas públicas e negociações dentro do governo federal e com o governo estadual de Goiás, já havia uma sinalização de que o presidente Temer assinaria a mudança do traçado. No final de agosto, porém, o governador Marconi Perillo (PSDB) pediu mais seis meses para dar um posicionamento final.
“Reconhecido como Sítio do Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, Veadeiros corre o risco de perder esse status, devido as pressões à Unidade de Conservação na região, zona de forte expansão do agronegócio. A ampliação do Parque visa, entre outros aspectos, a garantir a perpetuação desta categoria”, escrevem as organizações no manifesto.
Ocorre que há 15 anos chegou a ser aprovada uma ampliação para 250 mil hectares e foi com esse tamanho que foi encaminhada a candidatura de sítio do patrimônio natural à Unesco. O título, portanto, foi dado em cima dessa área. Mas pouco tempo depois, o aumento foi derrubado na Justiça por pressão de proprietários rurais, que alegaram falta de consulta pública.
Desse modo, há, aos olhos da entidade e também da IUCN, uma inconsistência entre o que está no papel como parque e o que de fato é uma unidade de conservação protegida. E existe o risco de que o parque possa perder seu título.
Cláudio Maretti, diretor do ICMBio presente ao congresso, explica que agora foi respeitado todo o rito de consultas públicas e que o traçado foi planejado para deixar de fora áreas produtivas da região.
Segundo ele, ampliação é importante para se alcançar a “sustentabilidade ecológica” do parque. “Precisa ter uma área maior. A onça pintada e a suçuarana dependem de uma área três vezes maior que a do parque para viver. Há várias outras populações frágeis que precisam de uma maior proteção de hábitat. O parque está meio vazio e é uma das duas únicas regiões do País que concentra o pato mergulhão”, diz.
O aumento do parque, localizado no Cerrado, também é importante para elevar a proteção sobre o bioma, um dos menos protegidos do País. A expansão, defende os autores do manifesto, “conservará recursos hídricos fundamentais para as áreas urbanas e rurais e ainda manterá intactas paisagens deslumbrantes para as futuras gerações”.
Boqueirão e Amazonas
Sobre a proposta de criação do parque do Boqueirão da Onça, em área de Caatinga, bioma menos protegido do Pais, os ambientalistas e pesquisadores reforçaram que a região “está inserida em uma das maiores formações de serra do Nordeste, constituindo-se em um dos últimos remanescentes em área contínua de caatinga, com excepcional qualidade de conservação, capaz de ainda manter populações de grandes mamíferos, predadores de topo de cadeia alimentar, como as onças-pardas e onças-pintadas”. Segundo eles, vivem ali espécies raras, endêmicas e ameaçadas.
Em relação ao Amazonas, há o temor de um retrocesso. As unidades, que somam 2,6 milhões de hectares, foram criadas por Dilma no apagar das luzes antes de ser afastada, em maio. Pouco mais de um mês depois, deputados federais e estaduais entregaram um pedido à Casa Civil para anular o decreto. O assunto segue em avaliação.
No manifesto, os autores lembraram da “importância da Amazônia para o equilíbrio da vida no planeta e o papel das áreas protegidas na proteção da biodiversidade, dos serviços dos ecossistemas e das populações tradicionais, extrativistas, e povos indígenas”.
09 de Setembro, sexta-feira.
IUCN
La UICN reconoció hoy en una nueva categoría de membresía la posibilidad de afiliación de las organizaciones de pueblos indígenas. Ese reconocimiento confirma la importancia de fortalecer el proceso de reconocimiento de esos pueblos, en particular para la UICN por su importantísimo rol de conservación de la naturaleza, asimismo como fuentes de conocimiento y relaciones harmonicas con la naturaleza, que deben servir para la reconexión entre grandes partes de la humanidad y la naturaleza.
A quinta- feira foi marcada por excursões, especialmente pela costa norte.
07 de Setembro, quarta-feira.
Carlos Durigan da Wildlife Conservation Society (WCS) candidato a conselheiro regional fala no evento.
06 de Setembro, terça-feira.
Está ocorrendo neste momento a abertura da assembléia para nomeação de resoluções, finanças, auditoria e governança das comissões do Congresso. Estão presentes 1.500 pessoas de 521 organizações.
O ápice da assembléia foi a “Discusión de cuestiones estratégicas para la UICN: 1.Conservar la naturaleza ante una agricultura industrial”.
Foi exposto que 75% da população pobre do mundo esta na área rural e a agricultura representa 38% das emissões dos gases do efeito estufa, concluindo que não se pode limitar a conservação da Natureza apenas com olhar sobre áreas protegidas, e sim influir na cadeia produtiva alimentar, mapeando boas práticas, segurança alimentar e fundamentalmente a mudança do modo produtivo atual.
Um dos maiores fatores a conservação da biodiversidade é a segurança alimentar, neste aspecto, a polinização precisa ser um dos pontos mais discutidos no mundo, caso contrário teremos um grande fracasso na agenda ambiental global nos próximos 25 anos. Esta é uma agenda na qual a Ecoa está iniciando campanhas, e já com ações concretas. Sobre este tema, um dos membros ressaltou: – ” Do you really think this is an issue of knowledge. At least we know what not to do(with pesticides for example), and governments allow it!”
Outro dado relevante apresentado no encontro: Há 02 Bilhões de subnutridos e quase 02 Bilhões de obesos, estes números dispares representam a diferença no consumo da sociedade global
Um dos membros da assembléia levantou a seguinte questão: – “Nature Conservation is not a choice but an obligation for every day. But how can poor hungry people conserve nature? A DICOM e Ecoa vem trabalhando a anos neste sentido.
05 de Setembro, segunda-feira.
Hoje foram apresentados os trabalhos de nossas agendas para a Bacia do Prata e a Bacia do Alto Paraguai (BAP) no encontro,”Café com conhecimento: La adaptación al cambio climático y gestión de riesgos en la cuenca del Río de La Plata –un enfoque transfronterizo para priorizar la conservación de biodiversidad.” Em duas semanas, esses apontamentos farão parte de uma proposta futura para gestão da Bacia do Prata, no âmbito de cambio climático e suas adaptações para mudanças no clima e obras de infraestrutura que alteram o ambiente.
03 e 04 de Setembro, sábado e domingo.
Além das reuniões diárias, ocorreu também neste final de semana, o Workshop ” Judges and the ethical foundations os environmental law e judges and ecological crisis: climate change and biodiversity loss. ” com a participação de Herman Benjamim do STJ (Supremo Tribunal de Justiça). Esta reunião reforça a proposta global, de se montar uma corte suprema ambiental, que trabalhe questões étnicas e mudanças climáticas, para pressionar as Supremas Cortes dos países que possuem grande responsabilidade ambiental.
No Café do conhecimento, foi realizado o diagnóstico colaborativo sobre o estado do Meio Ambiente na América do Sul e contou com a presença de Claudio Maretti do ICMBio.
02 de Setembro, sexta-feira.
Obama cria a maior reserva natural do planeta
Forbes Brasil
Em comemoração ao 100º aniversário do Serviço Nacional de Parques, agência do governo norte-americano, o presidente Barack Obama acaba de criar a maior reserva natural do planeta.
A área de Papahānaumokuākea, no Havaí, tem 1,2 milhão km² e cobre quase todas as ilhas desertas do nordeste do arquipélago.
A reserva irá proteger uma das áreas mais ricas em biodiversidade marinha do mundo, além de proteger monumentos históricos da cultura milenar havaiana. O parque foi originalmente estabelecido durante a presidência de George W. Bush, em 2006, com tamanho um pouco menor do agora colocado por Obama.
No total, a reserva de Papahānaumokuākea tem o tamanho de dois Estados do Texas juntos. Alguns moradores locais, no entanto, se opuseram à decisão, já que cerca de 320 km do local são utilizados como área de pesca.
As ilhas do arquipélago ficam em cima da placa do Pacífico e estão em constante movimento. Na parte norte da região, inclusive, a ilha de Loihi aumenta de tamanho a cada ano graças à atividade magmática do local.
A reserva irá proteger cerca de 7.000 espécies marinhas e terrestres, incluindo baleias, tartarugas marinhas e uma barreira de corais com mais de 4.500 anos.
Ocorreu no evento:
01 de Setembro, quinta-feira.
A partir de hoje o Diretor-Presidente da Ecoa, André Siqueira, participa do Congresso Mundial da Conservação da IUCN. O evento conta com aproximadamente 5.000 pessoas e 7.000 voluntários trabalhando para a sua realização .Nós divulgaremos aqui o dia- a- dia do evento sob o olhar do André.
A abertura contou com a Secretaria de Estado dos Parques Nacionais Americano, chefes de estado das Ilhas do Pacifico, EUA e de outros países.
Todos os chefes de estado relembraram dos desafios globais das mudanças climáticas e ressaltaram a importância do evento para a motivação das gerações futuras.
Foi anunciado pela comissão americana no evento a maior área marinha protegida do planeta, criada por Barack Obama.
Fila para a cerimônia de abertura.