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Empresas brasileiras desenvolvem coletor solar que também gera energia

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Brasil – Duas empresas nacionais, a Sunlution e a E2Solar, desenvolveram um coletor solar híbrido com a capacidade de gerar água quente e energia. Fruto de quatro meses de trabalhos, a tecnologia já está disponível, com produção na fábrica da E2Solar em São Paulo, conta com etiqueta Inmetro, nível A, e promete ser mais amplamente comercializada em 2016.

Segundo o diretor da Sunlution, Orestes Gonçalves, a solução foi possível graças à tecnologia de placas solares de filmes finos, de silício amorfo ou de CIGS (Cooper Indium Gallium Selenide), que sua empresa representa dos chineses da Hanergy.

Com espessura menor do que 1 cm e flexibilidade plástica, as placas com dimensão de 1,60 m² e 140 Wp revestem os coletores solares produzidos pela E2Solar para garantir além da captação dos raios solares para aquecimento de água a energia para suprir a residência ou instalação a ser atendida.

Colado sobre a superíficie do coletor com adesivos dupla face, o filme fino é como um papel leve, com 3 kg por m², contra 15 a 17 kg/m² das placas convencionais de silício.

Embora tenha eficiência energética um pouco menor do que as placas de silício monocristalinas ou policristalinas (de 12% a 14% contra 16% a 18%), as de filmes finos não dependem de radiação direta para gerar energia. “Elas aceitam radiação difusa, o que faz gerarem energia em média das 7 horas até as 17 horas”, diz. Já nas convencionais o “expediente” normal de geração vai das 9 horas até 16 horas.

A característica flexível dos filmes finos fez a Sunlution desenvolver nos últimos meses, além desse coletor, vários outros produtos com geração solar, como mochilas que podem carregar baterias de celulares, carrinhos de sorvetes e bebidas com geração própria para refrigeração, guarda-sol solar com entradas USB e caixa de junção e carregadores de celular movidos pela energia solar. Além disso, recentemente a empresa instalou as placas em food-trucks.

Com o coletor solar híbrido, a previsão é a de que em 2016 a parceria gere R$ 10 milhões de negócios, que podem ser em vendas para residências ou mesmo para instalações maiores em indústrias, onde podem aquecer água de processo ou para caldeiras, ou para comércios. O próximo passo, depois de difundir o produto, é credenciá-lo em bancos para financiamento, como no BNDES ou Santander.

Mais informações no blog de Alcides Faria

Fonte: Brasil Energia

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