Este primeiro semestre de 2015 foi marcado pela retomada da conversa entre o Fórum de Diálogo da Sociedade Civil e o BNDES. Compromissos firmados no ano de 2014 esperavam que o novo desenho do quadro político brasileiro (ocasionada pelas mudanças costumeiras após as eleições) fosse desenhado.
Somente no mês de maio a primeira reunião aconteceu. Foi o primeiro de quatro encontros programados para acontecer no decorrer do ano de 2015 e a intenção principal foi definir dos temas que serão colocados em pauta neste espaço de diálogo e debates sistemáticos no próximo período.
Além de representantes de organizações e movimentos da sociedade civil que integram o Fórum, entre elas a Ecoa, participaram da reunião diretores, superintendentes, técnicos do Banco e num primeiro momento da reunião até mesmo o Presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Coutinho, aparentemente preocupado com as questões econômicas que envolvem o País e a agência de financiamento, fez questão de ressaltar que o Banco esta passando por uma fase muito difícil e de bastante stress, mas que mesmo com todas as dificuldades tem como compromisso manter e fortalecer este canal de diálogo que desde o final de 2013 está sendo construído com a Sociedade Civil.
Relembrando as discussões que aconteceram no ano de 2014 no âmbito do Fórum, Coutinho fez ainda questão de citar que umas das grandes preocupações levantadas neste espaço era a questão da transparecia ativa dos projetos financiados pelo BNDES e que o Banco levando em considerações todas as experiências trocadas com os integrantes do Fórum avançou neste quesito.
“Estamos nos esforçando para ser o mais transparente possível em todos os nossos financiamentos. A ideia é que em breve possamos disponibilizar em nosso site um extrato de cada contrato que o Banco formalizar”.
Depois de uma breve avaliação que como este espaço de diálogo esta sendo gerido e fortalecido ficou definido que no ano de 2015 três grandes eixos temáticos conduziram os próximos encontros. São eles: Política Social, abordando mais especificamente os critérios hoje existentes para o acesso aos Fundos Sociais do Banco e a dinâmica de execução dos projetos contemplados; Investimentos Internacionais, onde se pretende discutir os critérios adotados pelo Banco para os desembolsos que não são destinados ao nosso país; e Política Socioambiental/Mudanças Climáticas, onde se pretende focar as discussões a cerca dos instrumentos de monitoramento (Guias setoriais, ouvidoria, auditorias independentes, consultas regulares aos atingidos, etc.) que possam vir a ser utilizadas pelo BNDES e que podem gerar ganhos significativos para toda sociedade e para o meio ambiente.
Fonte: Silvia Santana/ ECOA