Um homem foi preso no início da semana na BR-163 em Campo Grande (MS), por produzir e vender um produto semelhante a mel, fraudado com adição de açúcares, superaquecido e armazenado de forma incorreta.
A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo fiscalizou, em conjunto com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), e encontraram 126 frascos com produto semelhante a mel, sem especificações legais e 334 rótulos falsos.
Conforme o relatório técnico da Iagro, o produto pode prejudicar o fígado, rins e o sistema nervoso central dos consumidores e apresenta um potencial efeito cancerígeno.
Ainda segundo o Iagro, o mel pode existir em estado líquido ou cristalizado (cremoso). Quando o mel cristaliza, os produtores e centros de processamento tendem a aquecê-lo para que volte à forma líquida. “O HMF é produto de uma reação e, portanto, sua quantidade certamente aumentará quando o mel for submetido a um aquecimento prolongado. O aquecimento do mel deve ser cuidadosamente controlado, respeitando a relação tempo x temperatura, se essa relação não for observada, haverá um aumento de HMF como resultado de um processamento inadequado.
A referência de HMF é de no máximo 60mg por kg.
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Por que o mel cristaliza?
A cristalização do mel é um processo normal. O produto pode cristalizar porque os açúcares presentes tomaram forma sólida com alterações de temperatura ou por causa do tipo de flor que gerou o mel.
Para reverter a cristalização, o mel pode ser colocado em banho maria por alguns minutos.
Como conservar o mel:
Guardar em local fresco, longe da luz solar;
Usar a embalagem original;
Evitar recipientes metálicos que possam oxidar;
Não é recomendado guardar na geladeira;
Recipientes bem vedados;
Observar o prazo de validade. Nos mercados costuma ser de 2 anos.