Via Clima Info
Os rios funcionam com condutores do fluxo de carbono do continente para os oceanos. Estima-se que, todo ano, um milhão de toneladas de carbono saiam da terra e sigam para mar, e metade disso na forma de carbono orgânico (carbono de origem orgânica, não mineral). O represamento dos rios modifica este balanço e parte deste carbono orgânico não chega mais aos mares, uma parte vira sedimentos nas barragens e outra amplifica os processos que levam à deposição no fundo das represas. Um estudo recente publicado na Nature estimou que, em 2000, as represas seguraram 13% do carbono que deveria ir para o mar e que este valor deve chegar a quase 20% até 2030. Represas neste contexto funcionam como sorvedouro de carbono e indiretamente removem carbono da atmosfera. Mas é importante lembrar que a decomposição da biomassa dentro das represas, por acontecer sem a presença de muita luz, acaba gerando metano, um gás de efeito estufa 28 vezes mais forte que o dióxido de carbono. O estudo confirma que as mais de 16 milhões de represas no mundo são importantes peças na determinação dos ramos do ciclo do carbono.
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