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Incêndio próximo ao Porto da Manga deixa ponte parcialmente destruída e avança em direção à BR 262

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Ponte queimada na Estrada Parque, Pantanal (MS)

Um dos inúmeros focos de incêndio que afligem o Pantanal de Corumbá alcançou na tarde de ontem (18) a ponte da Estrada Parque que conecta as regiões de Porto da Manga e Curva do Leque. A estrutura, que tem 90 metros de extensão, ficou parcialmente destruída depois que o fogo atingiu pontos que estavam cobertos de óleo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro equipes foram deslocadas até o local, na MS-228. As chamas começaram há alguns dias na região do Paraguai-Mirim e se espalharam em razão da vegetação seca e dos ventos, que têm se aproximado de 30 km/h. O cenário dificultou os trabalhos dos militares, principalmente porque havia restos de combustíveis no encontro da ponte, o que intensificou a combustão.

A Agesul (Agência de Gestão e Empreendimentos de MS) também se manifestou sobre o ocorrido. Questionada sobre o tráfego de veículos no local, a assessoria informou que um desvio que foi feito durante a construção da travessia será reativado até que sejam feitos os reparos necessários.

O incidente é reflexo da previsão feita pela Ecoa ainda em 2023 de que as condições climáticas no Pantanal para este ano seriam mais extremas. O fato de o Rio Paraguai não ter vertido água para as encostas, como costuma ocorrer nos períodos de cheia, já era um indicativo de que haveria menos porções de solo úmidas, fundamentais para conter os focos de calor.

A tendência para os próximos dias, baseada na análise de dados da plataforma Windy, é que os ventos direcionem o fogo na região até a BR-262. Essa previsão deve agravar o impacto das queimadas no bioma pantaneiro em 2024, que já devastaram mais de 240 mil hectares entre as regiões de Bolívia, Brasil e Paraguai.

Assista ao vídeo feito pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul

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