A Ecoa atua no combate permanente de incêndios desde 1997 com ações de prevenção, educação ambiental e formação de brigadas.
A formação de brigadas é um trabalho que a Ecoa iniciou em 2000 e ao longo dos anos participou diretamente da formação de 23 brigadas voluntárias. Para isso, contamos com a parceria fundamental de outras organizações e o próprio Prevfogo/Ibama, responsável pelos treinamentos.
Existem cerca de 50 brigadas no Pantanal, entre privadas e comunitárias, localizadas em comunidades indígenas, ribeirinhas e fazendas.
O Fundo Casa Socioambiental, o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) e o WWF Brasil apoiaram diretamente a formação e a equipagem das brigadas voluntárias no Pantanal. A SOS Pantanal é outra instituição que tem uma política de formação de brigadas de prevenção e combate ao fogo, atuando em coordenação com a Ecoa.
A primeira grande campanha de enfrentamento aos incêndios urbanos e rurais foi a “Queimada mata! – Campanha em defesa da vida”, que ocorreu de 1997 a 2007 e teve grande repercussão, com trabalho de panfletagem, adesivagem, informações publicadas no site da organização para a sensibilização da população em Campo Grande e Corumbá (Mato Grosso do Sul).
“Queimada mata!” teve o apoio de entidades governamentais e não-governamentais como a Rede Pantanal, Fórum do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Fundação Manoel de Barros, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGENTRAN) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).
Em 2006, a Ecoa deu início a outra ação de combate aos incêndios: cursos de treinamento de brigadas comunitárias no Pantanal. O primeiro curso ocorreu na Serra do Amolar (Pantanal), na base de apoio da Ecoa, para atender ao Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.
Em 2019, a Ecoa formou brigadas comunitárias no Pantanal, como a da Área de Proteção Ambiental Baía Negra (localizada no Pantanal, no município de Ladário, Mato Grosso do Sul), por meio do projeto ECCOS – Ecorregiões, Conectadas, Conservadas, Sustentáveis, com financiamento da União Europeia.
Em 2020, além do apoio do projeto ECCOS, a Ecoa contou com parceria com a WWF-Brasil e com apoio de pessoas físicas, como da ambientalista Patrícia Médici – que trabalha pela conservação das antas e foi ganhadora, em 2020, do Whitley Gold Awards, promovido pela Whitley Fund for Nature, considerado o Oscar Verde –, para comprar equipamentos e treinar brigadas comunitárias no Pantanal. A Ecoa deu suporte para traslado e recepção em sua base de brigadistas comunitários, do Prevfogo/Ibama e do corpo de bombeiros.
A formação foi ampliada com todo o equipamento necessário, em 5 regiões:
– Miranda, MS: Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM), que podem atender parte da BR-262; parte da Estrada Parque e a região do Morro do Azeite.
– Aldeia Indígena Brejão, da etnia Terena, no município de Nioaque, MS: Em 2019, tiveram 80% de sua reserva florestal queimados. Atualmente, a brigada se expandirá com 14 membros. Desde o início de 2020, a brigada da aldeia atua na queima controlada para as roças de subsistência.
– Assentamento 72, em Ladário, MS: Este assentamento é importante, pois é vizinho à Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra, onde em 2019 foi formada outra brigada;
– Vila Amolar, na Serra do Amolar: A Ecoa tem um Núcleo base para todo o trabalho na Serra e parte do rio Paraguai, também utilizado por pesquisadores e famílias da região. Lá está um centro de formação, produção e processamento de mel.
– Comunidade Barra do rio São Lourenço, vizinha do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. A comunidade possui uma brigada bem treinada, já posta à prova no combate a incêndios no Parque Nacional. É estratégica no trabalho também de proteção da Serra do Amolar e das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) existentes na região. Receberá equipamentos próprios, pois ainda não os tem.
Em 2021, a Ecoa continua contando com a parceria com a WWF-Brasil no treinamento e formação de novas brigadas comunitárias e promove treinamentos em parceria com, entre outras organizações e pessoas físicas, a SOS Pantanal, Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Ladário, Universidade Federal da Grande Dourados e Conselho Gestor da APA Baía Negra.
No mesmo ano foi formada a primeira brigada inteiramente feminina de combate ao fogo no Pantanal, a Brigada feminina Ilha do Baguari (Paraguai-Mirim), com apoio da WWF-Brasil e do Fundo Casa Socioambiental.
Também foram formadas as brigadas comunitárias indígenas com treinamento do Prevfogo/Ibama, em uma articulação da Ecoa com o apoio da WWF-Brasil, nas aldeias Mãe Terra e Lalima, localizadas no município de Miranda, Mato Grosso do Sul, da Aldeia Morrinho, pertencente à Terra Indígena Cachoeirinha, e da Associação de Pescadores e Apicultores Bandeira, vinculada à Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM).
Outra brigada formada em 2021 foi a brigada comunitária do Assentamento Rural Antônio Maria Coelho, com treinamento do Prevfogo/Ibama e articulação da Ecoa e do WWF-Brasil.
A Ecoa trabalha para manter o treinamento dos brigadistas atualizado e no abastecimento dos equipamentos necessários para o combate ao fogo.
Mapas das brigadas
– A Ecoa recebe doações para o suporte dos trabalhos: https://bit.ly/2ROcmwu
Confira o trabalho de formação das brigadas comunitárias voluntárias: