O Ministério Público Federal e as organizações não-governamentais da região sofreram com uma série de acusações infundadas durante o evento “Diálogo Hidroviáveis”, promovido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), ocorrido nos dias 6 e 7 de outubro, em Cáceres (MT), para debater a viabilização da hidrovia no rio Paraguai – ação à qual a Rede Pantanal se opõe.
Durante o evento, o Ministério Público Federal foi acusado de estar atuando de “deslavada má fé junto com três ou quatro ambientalistas sem vergonhas para bloquear a navegação e que esses ambientalistas usam manifestações espúrias do governo”, se referindo ao Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), que dispõe sobre a conservação das Áreas Úmidas. O participante também acusa, sem provas, que ocorreu “uma picaretagem hidrológica do professor da universidade de Michigan, em que ele juntou dados que não dialogam”, se referindo ao professor e pesquisador Stephen K. Hamilton, doutor pela Universidade da Califórnia e professor da Universidade Estadual de Michigan, que possui centenas de artigos publicados em revistas internacionais sobre meio ambiente e conservação.
Esse depoimento pode ser assistido a partir de 1´38´00 deste vídeo aqui.
Clóvis Vailant, do Instituto Gaia e membro da coordenação da Rede Pantanal, alerta para estarem atacando os pilares da atuação da Rede Pantanal. “Atacam a história de luta ao chamarem de picaretagem os estudos do passado. Atacam as incidências ao denominar de manifestação espúria nossas incidências e conquistas nos espaços públicos e atacam diretamente a nós ao nos qualificar como sem vergonhas. E atacam o Ministério Público que só quer que se aplique a lei.”.
Veja outra parte do evento na íntegra neste vídeo.