Na semana em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, foram promovidos quatro encontros virtuais para tratar do desmatamento, queimadas, crises ambientais e a agenda gênero e ambiente no Pantanal. Os eventos foram conduzidos por especialistas nacionais e internacionais nos temas apresentados.
Debates urgentes em tempos de COVID-19 e que foram repercutidos nas redes sociais de várias pessoas e organizações, a partir das transmissões ao-vivo realizadas pelo Facebook da Ecoa.
Para que possam ser sempre revisitados, devido à importância ao desenvolvimento socioambiental, estes foram disponibilizados no site da ECOA e também na íntegra das apresentações, no documento abaixo:
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Aqui, alguns destaques do evento Mulheres, territórios e meio ambiente por elas:
– Nathália Ziolkowski (Ecoa): “As prioridades da CerraPan são elencadas em diálogos das próprias mulheres das comunidades, baseadas em suas necessidades”.
– “O desafio é o apoio direto para manter encontros, suporte para manter a comercialização de seus produtos, financiamentos para melhorar suas atividades, dificuldades de mobilidade devido à baixa renda das famílias, que têm renda mensal média de um salário mínimo”.
– Preta (Ceppec): “A semente é uma extensão da atividade familiar. Ao selecionar uma semente e valorizar a importância do cultivar, a gente pensa sempre que estamos garantindo a existência humana. A gente planta e cuida. Não só levar à mesa, mas também pensar na existência dos que virão depois”.
– “A continuidade da agricultura familiar está condicionada ao dom de ser protetora da vida; isso está dentro de nós, mulheres. Quando plantamos uma espécie nativa, quando isolamos uma nascente, a gente gostaria de ter a vida valorizada no mundo todo”.
– “Pedimos um freio do acúmulo no mundo em prol da vida futura. Existem algumas mensagens da natureza gritando; o grito ‘eu não posso respirar’ é o modelo como estamos gerindo esse planeta, gerindo a sociedade, temos que pensar um modelo como uma vida; estamos prestes a um colapso porque esse modelo de vida está destruindo nossa própria existência”.
– Beth Cardoso (CTA/ZM): “As mulheres têm um papel fundamental na defesa dos territórios, na defesa do meio ambiente e na construção da agroecologia. As mulheres são as guardiãs da biodiversidade”.
– As mulheres na agricultura estão muito preocupadas com o alimento, por isso geram mais diversidade. Para as mulheres, o modelo da agroecologia é mais sólido do que o agronegócio, mais voltado à monocultura.
– As mulheres também estão na luta em defesa de plantas medicinais e outras que servem como alimentos.
– É importante dar visibilidade ao trabalho das mulheres.
– Romy Cronembold (FCBC): “O Bosque Seco Chiquitano faz fronteira com o Brasil, tem problemas como desmatamento e incêndios florestais. Esses problemas afetam as comunidades e as mulheres. Umas das regiões com mais altas taxas de desmatamento do mundo”.
– A FCBC (Fundación para la Conservación del Bosque Chiquitano) encontrou nas chiquitanas aliadas naturais para a conservação, mas também valorização da biodiversidade. Dessa forma, as mulheres foram beneficiadas pela instituição com melhoramentos de cozinhas, acessos à água potável, turismo comunitário, equipamento de combate a incêndios florestais e capacitação; intercâmbio de experiências.
– Graciela Rodriguez (Instituto EQUIT): “Estamos passando do sistema capitalista para outra coisa que não sabemos bem o que é: economia digital, inteligência artificial… e desafios enormes. Talvez o maior seja a mudança climática. O clima está determinando que devemos ter outro olhar sobre a natureza. É impossível usá-la como até agora fizemos”.
– “Não é por acaso que o fascismo e os movimentos antidemocráticos estão se fortalecendo. Estamos lutando com o capitalismo que precisa manter sua hegemonia e os EUA estão com necessidade de retomar sua autonomia debilitada devido ao avanço da China”.
– As mulheres estão à frente das maiores lutas ambientais desse país. Exemplo: babaçu com a lei do babaçu livre, mulheres pescadores, mulheres que lutaram pelo rio Xingu, mulheres que lutaram pela Água em Manaus, que o Governo privatizou.
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O informe nacional de gênero e conservação ambiental no Cerrado e Pantanal lançado durante este evento, está disponível em:
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Este evento on-line está disponível em: