A bela ponte ferroviária sobre o rio Paraguai, a jusante da cidade de Corumbá (MS), foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – o Iphan – como Patrimônio Histórico, de acordo com publicação do Diário Oficial da União do último dia 18 de março.
Sim, este é um dia para se comemorar. É uma obra com muitos significados, dentre eles: um marco na engenharia brasileira; arquitetonicamente encantadora e com sua majestade e marcas do tempo integradas ao Pantanal e ao rio Paraguai.
Segundo publicação do próprio Iphan, a ponte tem dois mil metros de comprimento, 112 de altura no vão central e “até” 10 de largura.
Além do arco central, a superestrutura possui outros quatro arcos com 90 metros de altura, um viaduto na margem esquerda, em Porto Esperança, com 971,5 metros de extensão, formado por 25 arcos menores.
Na outra margem, outro viaduto de 53,2 metros é formado por mais dois arcos vão. Ao todo, são 46 pilares sendo que seis deles foram firmados no leito do rio Paraguai, a uma profundidade de sete metros.
Começou a ser construída no dia 1º de outubro de 1938 e ficou pronta nove anos depois, sendo inaugurada no dia 21 de setembro 1947, quando o nome mudou para Eurico Gaspar Dutra, o presidente da república da época. Nela trabalharam 2,1 mil operários durante quase 9 anos.
Foi projetada como parte da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (FENOB). Originalmente chamava-se Barão do Rio Branco.
Como conhecê-la
Antigamente o melhor meio de conhecer a Ponte era tomar o Trem do Pantanal em direção a Corumbá e tê-la diante dos olhos no amanhecer pantaneiro, em Porto Esperança. Hoje o trem de passageiros não roda mais nos trilhos, pois a ferrovia somente transporta cargas, principalmente minério de ferro.
Então, a maneira de chegar até a ponte é viajar pela BR-262 em direção a Corumbá até a localidade de Porto Morrinho, nas margens do rio Paraguai, e ali alugar um barco e percorrer 25 quilômetros de rio.
Importante: encontre um bom piloteiro, conhecedor da região, pois seu ganho será maior – ele poderá lhe apresentar outros encantos do rio Paraguai e sua gente.
Outra alternativa é ligar para a comunidade de Porto Esperança e acertar com o senhor Sérgio Gomes ou o senhor Domingos Benitez, este presidente da Associação, para que venham até Porto Morrinho buscá-lo/a. Quem sabe não alonga um pouco mais a estada e faz uma rodada pela região. Dependendo da época se pode alcançar muitos pássaros e outros animais.
Contatos
Sérgio Gomes e D. Jorgina – (67) 9997-1782
Caso você queira alongar sua estada ou somente saborear um delicioso peixe à moda pantaneira, Sérgio e D. Jorgina tocam uma pequena pousada.
Domingos Benitez – (67) 9918-1473