//////

Pantanal ameaçado: WWF divulga relatório com análise de risco ecológico da Bacia do rio Paraguai

2 minutos de leitura

Via Folha/UOL
Por Marcelo Leite

O relatório “Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai” da WWF trata dos riscos e ameaças à vida selvagem e aos recursos hídricos. Em matéria divulgada pela Folha/UOL, o repórter Marcelo Leite destaca que embora a Bacia do rio Paraguai, “principal artéria do Pantanal, ranja também território paraguaio e boliviano, o problema mais grave se encontra no Brasil. Mais precisamente, no planalto que circunda a norte e leste o alto rio Paraguai, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”. Nada menos que 40% desse território está sob alto risco ecológico, alerta o relatório do WWF.

De acordo com o relatório, houve um aumento de 5% nas áreas de alto risco ecológico, onde encontra-se uma variedade enorme de fauna e flora. Algumas das causas são: a agropecuária de larga escala, como soja, cana e gado, que aumenta a erosão e carreia sedimentos, assoreando os rios, riachos e corixos pantaneiros. Além disso, as centenas de represas previstas e em operação na Bacia, que têm consequências desastrosas para a espécies, pessoas e todo o meio ambiente.

 

Mapas mostram zonas de alto risco ecológico (vermelho) na bacia do rio Paraguai - WWF
Mapas mostram zonas de alto risco ecológico (vermelho) na bacia do rio Paraguai – WWF

Não se respeitam as áreas de reserva legal e de proteção permanente nas propriedades, que somam uma dívida com a legislação florestal de 3.920 km2 (quase o triplo da superfície do município de São Paulo). Além disso, menos de 1% da região se encontra protegida por unidades de conservação, como parques e florestas nacionais ou terras indígenas. E, nas sábias palavras de Marcelo Leite, “se for para contar com o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto para fazer algo a respeito, é bom tirar o cavalinho da chuva”.

 

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Folha de São Paulo “Entidades setoriais e donas de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) têm intensificado o contato com parlamentares para derrubar os vetos do presidente Lula a artigos da lei das eólicas offshore. Esses artigos preveem a contratação obrigatória dessa fonte de energia por parte do governo, independentemente de haver demanda da iniciativa privada. Lula vetou a contratação de 4,9 GW (gigawatts) de PCHs em janeiro, mas esse veto será analisado neste mês –com reais possibilidades de ele ser derrubado. O artigo também prevê a contratação compulsória de usinas termelétricas movidas a gás e a carvão.” Anotando; 4,9 GW é uma barbaridade. Nessa toada a área de energia vai no caminho da desestruturação.