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Pantanal em alerta: MS e MT reforçam estratégias contra incêndios em 2025. Ecoa trabalha com medidas preventivas e cria grupo interno

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Incêndio no Pantanal. (Imagem: Acervo Ecoa).

Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul anunciaram medidas estratégicas para a prevenção e combate aos incêndios florestais em 2025. Ações incluem decretos de emergência ambiental, restrição ao uso do fogo e reforço na infraestrutura das operações.

Medidas anunciadas para prevenção e combate ao fogo

Em Mato Grosso, foi estabelecido um período proibitivo para uso do fogo no Pantanal, de 1º de junho a 31 de dezembro. O governo estadual declarou situação de emergência ambiental de março a dezembro, prevendo a contratação de brigadistas para apoiar o Corpo de Bombeiros. Uma Sala de Situação Central foi instituída para monitoramento e resposta aos incêndios, sob coordenação da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Além disso, quatro câmaras técnicas foram instituídas para aprimorar o planejamento e normatização das ações de prevenção.

Já em Mato Grosso do Sul, o governo estadual integrou esforços com o Ministério do Meio Ambiente e o estado de Mato Grosso para definir áreas prioritárias de atuação. O plano operacional inclui a formação de brigadas, ampliação de bases avançadas e monitoramento contínuo de focos de calor. O decreto de emergência ambiental de 180 dias, assinado em março, prevê um investimento de R$ 34,8 milhões na operação de combate aos incêndios, com 177 militares distribuídos em 11 bases no Pantanal. Entre as diretrizes, destaca-se a obrigatoriedade de aceiros de 50 metros às margens das rodovias.

Análises técnicas e recomendações

A Ecoa, que há anos realiza estudos sobre incêndios no Pantanal, avalia que o cenário para 2025 pode ser de seca prolongada, o que aumenta o risco de fogo. Dados do levantamento feito por Fernanda Cano e Alcides Faria, comparando as inundações no bioma entre 2024 e 2025, indicam que, até o momento, a parte sul do Pantanal apresenta poucas áreas alagadas, o que pode intensificar a seca na região.

Diante de tal quadro, a Ecoa recomenda a priorização de ações preventivas em áreas mais vulneráveis, a mobilização de brigadas locais e a implementação de planos de proteção para comunidades e Unidades de Conservação.

As análises da Ecoa também levam em conta a influência de fenômenos climáticos globais. Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), há um La Niña fraca em andamento, com possibilidade de transição para Fase Neutra nos próximos meses. Estudos anteriores indicam que a Fase Neutra tem coincidido com períodos mais secos no Pantanal.

*Com informações de SECOM/MT e Agência de Notícias/MS

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