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Pantanal: Mais de 100 brigadistas combatem incêndio próximo ao Parque Estadual do Rio Negro

3 minutos de leitura
Moradores das fazendas afetadas registraram a ventania e o fogo alto próximo às sedes
  • Preocupação agora é com as rajadas de vento que podem levar o fogo até a Terra Indígena Cachoeirinha

Um incêndio iniciado no dia 23 de julho vem aumentando de proporção nos últimos dias na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, que abrange os municípios de Aquidauana e Corumbá (MS).

Fogo começou há dez dias e se espalhou com a ajuda do vento. Imagem: FIRMS/Nasa

Imagem de ontem obtida pelo FIRMS (Fire Information for Resource Management System), da Nasa, mostrava as chamas concentradas principalmente nas RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Santa Sofia e Rio Negro. Contudo, era esperada uma piora no cenário por conta de rajadas de vento de 54 km/h que vinham sendo registradas durante a tarde e também pela situação de seca extrema na região, constatada pela especialista da Ecoa Fernanda Cano utilizando a plataforma Windy.

Atualização do dia 1º mostrava o fogo se separando em várias frentes. Imagem: FIRMS/Nasa

O cenário hoje mostra cinco frentes distintas de fogo e tendência de descer rumo à BR-262. As chamas encontram-se a cerca de 30 km da rodovia e estão sendo empurradas por um vento Norte com máximas de 59 km/h. Outro risco é de que os incêndios alcancem a Reserva Indígena Cachoeirinha, que conta com o apoio da brigada voluntária da Aldeia Mãe Terra. Há mais de uma semana os brigadistas das propriedades rurais da região vêm atuando nas áreas afetadas e contam com cerca de 130 pessoas na linha de frente contra as chamas.

Imagem de hoje mostra o avanço do fogo em direção à rodovia. Imagem: FIRMS/Nasa
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Não há previsão de chuva para os próximos dias, o que faz com que a vegetação seca continue servindo como combustível. Fernanda aponta que as chamas na Região do Amolar e do Parque Estadual do Rio Negro (áreas circuladas na imagem abaixo) estão com a intensidade de seca entre “excecional” e “extremo”, e junto do vento criam um ambiente favorável à propagação desse fogo.

Cenário de aumento no número de focos de calor era previsto por conta do tempo seco. Imagem: Windy.

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