Uma constante ameaça
A construção de Usinas Hidrelétricas (UHEs) e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) é uma estratégia para a expansão da matriz energética brasileira e sua expectativa de crescimento consta no Plano Nacional de Energia. Tal fato se deve à ideia controversa de que estes empreendimentos são fontes limpas de geração de energia, causando impactos ambientais insignificantes. Em função disso, o Brasil tem flexibilizado as normas ambientais e concedido incentivos financeiros com o objetivo de facilitar e agilizar a implantação de empreendimentos deste segmento em todo país. A borda da Bacia hidrográfica do Alto rio Paraguai (BAP), onde está inserida a maior planície inundável do planeta, o Pantanal, é um destes territórios tidos como prioritários para a instalação das PCHs e UHEs. Hoje existem 38 empreendimentos em operação na BAP, além de 04 que estão em fase de construção, 07 outorgados e outros 11 em fase de estudo (estudos aceitos).
Apesar da imagem limpa, estas barragens alteram consideravelmente o ambiente onde são inseridas. Sem dúvidas, a instalação destas barragens alterará o pulso de inundações na planície pantaneira, prejudicando a biodiversidade da região, limitando a migração de peixes que sobem os rios para reprodução e retendo organismos aquáticos importantes para a alimentação de animais. Além disso, causará consideráveis impactos sociais, tendo em conta a existência de comunidades ribeirinhas ao longo dos rios a serem barrados.
No intuito de monitorar estes empreendimentos e avançar ainda mais nos estudos relacionados à problemática, a Ecoa, por meios das pesquisadoras Silvia Zanatta e Suelen Sandim, desenvolveu este mapa interativo com a localização de cada represa compreendida dentro dos limites da Bacia do Alto rio Paraguai e seu respectivo potencial de geração elétrica.
Visualizar mapa na tela inteira