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Relatório da ONU sobre o clima responsabiliza a humanidade por aumento de fenômenos extremos

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Foto: EBC

Por El País.

 

– O Painel Internacinoal sobre Mudança Climática (IPCC) vinculado à ONU e aprovado por 195 países que participam de negociações climáticas da ONU considera inequívoco que a humanidade tenha aquecido a atmosfera, o oceano e a terra, o que gerou mudanças generalizadas e rápidas no planeta.

– Entre as consequências diretas, além da elevação das temperaturas médias, estão os fenômenos metereológicos extremos, como ondas de calor, seca e chuvas torrenciais que estão sendo vistas nas últimas semanas em diversos lugares do mundo.

– Os gases responsáveis pelo superaquecimento do planeta são liberados fundamentalmente quando combustíveis fósseis são queimados para gerar energia. A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera é a mais elevada dos últimos dois milhões de anos. As de metano e óxido nitroso – os outros grandes precursores do aquecimento – não tinham alcançado níveis tão altos nos últimos 800.000 anos.
O aumento da temperatura média global já está em 1,1 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais.

– O Acordo de Paris, assinado em 2015, fixou como objetivo principal reduzir as emissões para que o aumento da temperatura global ficasse entre os 1,5 e 2 graus Celsius acima da pré-industrial. Para se manter em 1,5 grau são necessárias reduções rápidas e sustentadas e em grande escala. Essas reduções levariam de 20 a 30 anos para ter efeitos nas temperaturas globais, mas os benefícios para a qualidade do ar chegariam rapidamente.

– O final da escrita do relatório do IPCC, que começou há três anos atrás, coincidiu com fenômenos meteorológicos extremos, como a tremenda onda de calor do fim de junho no Canadá, as inundações na Europa Central e na China em julho e os recentes incêndios associados ao calor na bacia do Mediterrâneo.

– O texto afirma que “é praticamente certo que as ondas de calor extremas se tornaram mais frequentes e intensas na maioria das regiões da Terra desde a década de cinquenta, enquanto os extremos frios se tornaram menos frequentes e menos severos, com uma grande confiança em que a mudança climática induzida pelo homem é o principal impulsionador dessas mudanças.”.

– Muitas mudanças motivadas pelas emissões de CO2 já serão irreversíveis especialmente aquelas que afetam os oceanos e as camadas de gelo.

– “O relatório de hoje do IPCC é um alerta vermelho para a humanidade”, afirma António Guterres, secretário-geral da ONU. “Os alarmes são ensurdecedores e as evidências são irrefutáveis: as emissões de gases de efeito estufa da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento estão sufocando nosso planeta e colocando bilhões de pessoas em risco imediato. O aquecimento global está afetando todas as regiões da Terra e muitas das mudanças estão se tornando irreversíveis.”, diz.

Leia a matéria completa do El País aqui.

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