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Tucanos, araras e maritacas atacam frutas e plantações de assentados. Buscam soluções, mas D. Nilzete fez algo diferente

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Texto originalmente publicado em 6 de junho de 2016

O que fazer? Veja as soluções dadas para o mamão e o relato de D. Nilzete sobre os tucanos e suas laranjas.

Em oficinas de capacitação da Rede de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal (Cerrapan) nos assentamentos Andalucia (Nioaque, MS) e Bandeirantes (Miranda, MS), as consultoras Vanessa Spacki e Nathalia Eberhardt Ziolkowski, ouviram relatos sobre as dificuldades de se produzir frutas e desenvolver alternativas como o gergelim devido ao intenso ataque de aves, principalmente araras, maritacas, papagaios e tucanos.

Uma assentada relatou que produzia gergelim por ser uma boa alternativa de renda, mas em uma manhã encontrou todos os pés ‘verdes’, pois tomados por maritacas –  e lá se foi a produção. Outras pessoas contam que as araras estão ‘infernais’ nestes dias.

Um quadro que agrava as já enormes dificuldades que encontram para produção e o alcance dos mercados com o que colhem. No caso dos mamoeiros a solução foi cobri-los com sacos plásticos, como mostram as fotos.

A raiz do problema está no desmatamento generalizado, o que faz com que as aves percam suas fontes de alimentação naturais, levando-as a procurar as plantações e mesmo as cidades. Esta situação piora em tempos de seca e de queimadas.

Um relato e outra solução: “perder”

D. Nilzete, do assentamento Andalucia: “Tenho um pequeno pomar de laranjas, mas quase não aproveitei as frutas, pois os tucanos vieram em bandos para se alimentar. Escolhi deixar que eles comessem as frutas, pois as aves tem tido muitas dificuldades de encontrar alimento na região”.

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D. Nilzete (à esquerda de casaco azul e cinza), durante a oficina do projeto “Rede de Mulheres Produtoras do Cerrado e Pantanal”, no assentamento Andalúcia.

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