Via ClimaInfo
ITAMARATY RECOMENDA A TEMER O VETO AO JABUTI ELÉTRICO
O Itamaraty recomendou a Temer que vete o artigo 20 da Medida Provisória 735, o jabuti elétrico que garante R$ 5 bilhões em incentivos ao carvão. E que o faça até o dia 18, ainda durante a COP22. O pedido foi feito depois do barulho criado na COP22 por um artigo que afirmava que o mundo espera coerência de um país que tem todo o potencial para alcançar 100% de energias renováveis.
O povo brasileiro espera o mesmo. O artigo foi publicado na segunda feira pelo boletim Eco, da Climate Action Network, e repercutido pela Folha de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2016/11/1830269-ongs-pedem-que-brasil-tire-incentivo-ao-uso-de-energia-baseada-em-carvao.shtml?cmpid=newsfolha
O CLIMA PÓS TRUMP NOS CORREDORES DA COP22
Na COP22, os ecos do discurso contrário ao Acordo de Paris de Donald Trump assustam diplomatas, que não comentam o resultado da eleição, e ambientalistas, que apelam para que os esforços pelo clima não sejam descontinuados. Um membro da delegação europeia afirmou que deixar o AP teria um alto custo político para Trump e que, por isto, não acredita que ele o faria. As delegações temem que o processo diplomático volte a se arrastar, como aconteceu com o Protocolo de Kyoto na era Bush. Até agora, nenhum país sinalizou mudança de postura ou diminuição de esforços. A China tem cobrado dos EUA o cumprimento de suas metas, desde antes das eleições.
Mas, o que farão Arábia Saudita e comparsas?
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2016/11/1830780-ambientalistas-pedem-que-esforcos-pelo-clima-nao-diminuam-com-trump.shtml
O SOPRO DO LOBO MAU
Trump pode transformar as ações climáticas de Obama em um castelo de cartas e desmontá-las com um sopro? Pode, mas a revolução econômica que o Acordo prevê já está em curso, fora e dentro dos EUA. A China, por exemplo, investe pesado nas energias eólica e solar, a ponto de derrubar o preço internacional das renováveis.
http://www.valor.com.br/u/4771319
SERÁ O ÍMPETO DAS FONTES RENOVÁVEIS SUFICIENTE PARA CONTER TRUMP?
A escolha do novo presidente dos EUA impôs um tropeço ao Acordo de Paris. No entanto, a intensidade do impulso adquirido pelas fontes renováveis de energia é que vai definir se o republicano conseguirá atrasar o mundo todo na rota para uma economia limpa – ou apenas o seu país.
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2016/11/1830754-trump-e-problema-climatico-e-alta-da-energia-limpa-pode-ser-saida.shtml?cmpid=compfb
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/11/por-que-eleicao-de-trump-ameaca-o-clima-da-terra.html
http://pagina22.com.br/2016/11/09/veja-a-repercussao-da-eleicao-de-trump-na-cop-22-em-marrocos/
INTERESSES NACIONAIS NO ACORDO DE PARIS NÃO MUDAM COM ELEIÇÃO NORTE-AMERICANA
“Agora que a campanha eleitoral já passou e as realidades da liderança se instalam, espero que Trump perceba que a mudança climática é uma ameaça para o seu povo e para países inteiros que partilham mares com os EUA, incluindo o meu próprio. O Acordo de Paris tornou-se lei tão rapidamente porque há um interesse nacional significativo de cada país em buscar uma ação climática agressiva e esse fato não muda com as eleições americanas”, disse Hilda Heine, presidente das Ilhas Marshall, um dos países que podem ser afetados mais rapidamente com o aumento do nível do mar.
http://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/ambiente-se/eleicao-de-trump-pode-abalar-combate-ao-aquecimento-global/
http://www.bbc.com/news/science-environment-37928593
O QUE DIZ A MIDIA CHINESA SOBRE TRUMP?
China Daily, China News Agency e Caixin procuraram entender se e como a vitória de Trump afetará as negociações climáticas globais. E publicaram várias mensagens de confiança de especialistas chineses e internacionais sobre Trump não ter poder para mudar as tendências dos esforços globais de combate às mudanças climáticas.
http://www.chinadaily.com.cn/world/2016-11/09/content_27327524.htm
AÇÕES DE CARVOEIRAS SOBEM COM TRUMP, MAS GÁS NATURAL DÁ O LIMITE
As ações de carvoeiras subiram nos mercados norte-americanos enquanto a eleição de Trump para a Casa Branca cria a esperança de que sua administração possa reverter o longo declínio do combustível sujo nos EUA.
Mas analistas dizem que o maior culpado pelo declínio do carvão é o gás natural, que inundou o mercado desde o surgimento do fracking; “o gás natural barato vai continuar ameaçando a indústria do carvão”, disse Andrew Moore da Platts Coal Trader.
http://seekingalpha.com/news/3222836-coal-stocks-soar-trump-election-raises-hopes-comeback?dr=1&utoken=d371a14bf65ed3f316914de06de544a8#email_link
A FLORIDA VOTA EM TRUMP, MAS REJEITA EMENDA QUE BLOQUEARIA PAINÉIS SOLARES EM TELHADOS
Junto com as eleições presidenciais, os eleitores da Florida rejeitaram uma emenda à constituição do estado que, na prática, seria um obstáculo à difusão de painéis fotovoltaicos em telhados. Uma campanha de milhões de dólares bancada pelas concessionárias promoveu a emenda como se esta facilitasse a instalação dos painéis. O resultado foi apertadíssimo: 50,77% contra a emenda, mostrando que a campanha quase deu certo.
http://www.miamiherald.com/news/politics-government/election/article113449438.html
A AUSTRÁLIA RATIFICOU O ACORDO DE PARIS
http://www.9news.com.au/national/2016/11/10/12/01/australia-ratifies-paris-agreement-on-climate-change
MENOS CARVÃO NO MUNDO
A consultoria PriceWaterhouse Coopers publicou seu Índice de Economia de Baixo Carbono, que acompanha o tamanho da economia global e suas emissões. A relação entre as emissões e o PIB global caiu 2,8% entre 2014-15, mais que dobrando o que vinha acontecendo. A principal razão: a redução da geração elétrica em termelétricas a carvão na China e na Europa.
https://www.theguardian.com/environment/2016/nov/01/global-carbon-intensity-falls-as-coal-use-declines
A LENTA MORTE DO CARVÃO NO REINO UNIDO
A última usina a carvão do Reino Unido está programada para fechar em 2025. Mas pode ser antes, posto que os controles de emissão de poluentes e de gases de efeito estufa estão tornando as últimas 8 plantas economicamente inviáveis.
https://www.theguardian.com/environment/2016/nov/09/britains-last-coal-power-plants-to-close-by-2025#img-1
CHÁ MAIS EFICIENTE COM TORRADAS MENOS?
Ainda no Reino Unido, o programa de eficiência energética definiu que chaleiras elétricas, refrigeradores e secadores de mão estão no topo da lista de prioridade. Os fabricantes serão obrigados a produzir aparelhos que consumam menos energia. Já torradeiras e secadores de cabelo não estão na lista porque as autoridades acharam que seria invasivo demais.
https://www.theguardian.com/environment/2016/nov/08/eu-drops-plans-to-make-toasters-more-energy-efficient-over-intrusion-fears
PERDENDO AS FALÉSIAS BRANCAS DE DOVER PARA O CLIMA
Um dos cartões postais da Inglaterra, as falésias de calcário em Dover estão sendo erodidas mais rapidamente pela elevação do nível do mar e pelas tempestades cada vez mais fortes. Os resultados publicados na Proceedings of the National Academy of Sciences mostram que a erosão dos últimos 150 anos foi 10 vezes maior do que a media dos últimos 7.000 anos.
Pelo jeito, o aquecimento global está tornando o Brexit um evento físico.
http://www.independent.co.uk/environment/white-cliffs-eroding-10-times-faster-thousand-years-chalk-east-sussex-a7404076.html