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Ecoa coloca no ar o “Pantanal Wetland – Solar Energy Isolated Community”

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Usina solar em comunidade ribeirinha Barra do São Lourenço (Foto: Iasmim Amiden)

Via Nexans Foundation 

A Comunidade de Barra do São Lourenço fica a 216 km de rio (rio Paraguai) da cidade mais próxima, Corumbá, onde chega-se apenas de barco – com as embarcações da comunidade são cerca de 30 horas de viagem e de lancha rápida cerca de cinco horas, o que provoca um isolamento de toda a comunidade e dificuldade no acesso aos recursos básicos de saúde, educação e energia.

Grande parte da população utiliza-se de vela ou lamparina para ter acesso à luz e com a implantação do Projeto, além de uma iluminação adequada, a redução de combustíveis será total. Outro aspecto é que com o acesso à luz, as crianças da comunidade poderão estudar à noite, algo que não ocorria.

A usina de geração de energia instalada é composta por um sistema principal com rede de transmissão elétrica de 1 quilometro pelas margens do rio Paraguai e outros 3 sistemas menores para 7 casas mais isoladas. Com o acesso à energia os benefícios disponibilizados à comunidade são, no momento, incomensuráveis.

Disponibilizar energia para comunidades isoladas significa não apenas acesso à luz, à informação, aos recursos tecnológicos, como o acesso à internet e computadores, mas tambem gerar vida em todos os sentidos – possibilitar informação para oferecer educação; acesso à melhor condição humana; melhores condições econômicas para geração de opções de renda e a inserção do indivíduo ao convívio coletivo e no processo de socialização.

Um dos problemas relatados por André Luiz Siqueira, diretor presidente da Ecoa e pesquisador na região, é que um dos recursos utilizados pelos pescadores é o uso intensivo de sal para conservação do pescado, principal fonte de alimento e de renda das famílias da comunidade. Os freezers doados serão usados para o armazenamento da pesca, da merenda das crianças e o alimento dos professores alojados na escola.

As salas de aulas e o dormitório da escola passarão a contar com ventiladores – a região – o Pantanal – é muito quente e a concentração dos alunos em sala de aula em condições de extremo calor é afetada diretamente – com o sistema, isso será fortemente reduzido. E a usina gerará energia para todo o complexo e o notebook instalado na escola para acesso à internet e apoio aos professores. Adicionalmente, foram instaladas 60 lâmpadas de LED com 10 watts cada e 5 horas de uso diário.

Conforme ressalta André Siqueira, o próprio comportamento associativo/organizacional será aprofundado, já que o projeto na comunidade da Barra do São Lourenço, prevê a capacitação de monitores, fiscais e a sensibilização de toda a comunidade quanto a operação do sistema. Eles também farão um fundo da associação para manutenção futura e projetos que eles mesmos poderão viabilizar.

A Fundação Nexans* tem viabilizado o acesso à energia para populações isoladas no planeta em todos os continentes. Sua filosofia, “Energia para a Vida” tem representado não apenas o acesso à energia, mas a inserção social, trazendo novas possibilidades: humana, econômica, social para seres humanos esquecidos e que a energia passam a dispor de novas oportunidades. Pequenas ações, compromisso e responsabilidade com o hoje e o futuro.

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