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Mais uma ameaça ao rio Jauru e às famílias

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Mapa dos empreendimentos hidrelétricos no rio Jauru (Arquivo Ecoa)

Quando o mapa interativo das represas na Bacia do Alto rio Paraguai – onde está inserido o Pantanal – foi elaborado por pesquisadoras da Ecoa, já eram mais de 130 empreendimentos em todo o território. Os danos são sentidos por famílias que vivem na região e dependem dos rios para sobreviver.

Este ano, mais uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) é prevista para ser construída no rio Jauru onde já funcionam outras 6. As comunidades locais protestam e contam com o apoio da população, órgãos ambientais e membros da sociedade civil.

De acordo com o portal de notícias Jornal Oeste, de Mato Grosso, é necessário enfatizar que o rio Jauru está sendo destruído, pois:

• Já funcionam cinco Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH) e uma Usina Hidroelétrica (UHE) numa extensão de 50 quilômetros do rio e querem construir mais uma – PCH Estivadinho 3, no município de Reserva do Cabaçal;

• Não há um estudo dos impactos causados pelo conjunto das cinco obras já existentes neste rio que é uma unidade, onde uma obra em qualquer parte dele tem impactos no restante da bacia;

• As empresas interessadas fazem sempre as mesmas promessas na propaganda, mas a população que habita as regiões onde as hidroelétricas foram implantadas que são agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais que perderam áreas utilizadas para roça, caça e pesca importantes na economia das famílias que ficaram sem compensação;

• Os impactos causados pelas PCHs em relação às grandes usinas são menores, mas ao se instalar várias PCHs no mesmo rio (já são cinco), em sistemas de cascatas, os impactos conjuntos podem ser maiores que os causados por grandes obras, principalmente pelo assoreamento.

O vídeo documentário “O Dia que o Rio Secou” também mostra os efeitos devastadores que esses empreendimentos causaram.

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