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UOL – Abelha sem ferrão será usada como “guarda ambiental” no Paraná, entenda

2 minutos de leitura

Por Marcos Candido, Ecoa-UOL.

 

Abelhas vão ser usadas como “agentes ambientais” no Paraná. Nos próximos dois anos, espécies nativas irão viver em um pasto, onde poderão voar livremente e se organizar em colmeias instaladas na propriedade de agricultores de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. O município é uma área de manancial importante para o abastecimento de água no estado e os insetos serão monitorados para indicar se o meio ambiente está saudável.

Segundo Guilherme Schühli, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Florestas, as abelhas nativas são muito sensíveis. A presença de um elemento químico no ar que seja prejudicial ao meio ambiente é sentida rapidamente por elas, que acabam morrendo. Os insetos também ajudam a analisar e identificar as árvores e flores da região, pois é possível encontrar fragmentos das plantas nas colmeias. Assim, elas “ficam de guarda” para que biólogos e a companhia de abastecimento local saibam se a área de manancial está protegida e saudável, duas características que melhoram a qualidade de água.

Por meio da análise do mel, do número de abelhas e da formação da colmeia, será possível extrair informações ambientais preciosas. “Elas podem ligar um alerta sobre mudanças ambientais antes mesmo de um teste mais aprofundado ser realizado. O custo desse serviço que elas realizam é zero”, diz Schühli. Calma, não tem ferrão As abelhas nativas da região do Paraná, que serão usadas no projeto, não possuem ferrões e são mais amigáveis do que a abelha africanizada. Segundo o pesquisador, a africanizada é um cruzamento entre a abelha-europeia e a abelha-africana que gerou uma espécie resistente e boa produtora de mel. No Brasil, há cerca de 300 abelhas nativas – e algumas delas só exis.

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