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Para Fernside, Nobel da Paz (2007), degradação da floresta amazônica precisa ser incorporada à agenda da COP26

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Philip Martin Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Foto: Janailton Falcão

Para Philip Fernside, Nobel da Paz de 2007, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a Convenção-Quadro do Clima das Nações Unidas deste ano (COP26), que ocorre em Glasgow de 31 de outubro a 12 de novembro, não está levando em consideração uma das principais fontes de emissões de carbono do mundo: a degradação da floresta amazônica.

Na publicação “Amazonian forest degradation must be incorporated into COP26 agenda”, feita por ele com outros pesquisadores para a revista Nature, em setembro deste ano, o cientista alerta que a degradação florestal da Amazônia causada por incêndios, extração seletiva de madeira e efeitos de borda também podem resultar em grande liberação de gás carbônico e isso ianda não está em pauta na COP26.

Degradação, segundo o cientista, causa a dimunição do estoque de carbono, a biomassa da floresta, sem remover a cobertura florestal completamente. Pode ocorrer por meio da exploração madeireira e incêndios florestais.

Ainda segundo Fernside, a China é o maior emissor de carbono do mundo e continua construindo usinas de carvão. Além disso, é grande emissora de carbono no Brasil, em decorrência de suas importações de commodities e investimento em obras de infra-estrutura. 80% da exportações de soja e 52% das exportações de carne bovina do Brasil são destinadas à China. Se forem colocadas condicionantes a essas importações, o efeito sobre o desmatamento será instantâneo.

Com informações de Amazônia Latitude, entrevista realizada por Amanda Péchy.

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