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Conflito pelas águas do rio Paraguai entre pescadores e produtores de arroz

2 minutos de leitura

• Pescadores culpam fazendas de arroz pela piora dos níveis de água

• Produtores de arroz e governo atribuem problema às mudanças climáticas

• Rio Paraguai atinge mínima recorde e deve permanecer baixa até o fim do ano

A agência Reuters distribuiu no dia 17/10 uma matéria, em inglês, sobre o conflito entre pescadores e produtores de arroz pelas águas do rio Paraguai, no Paraguai, na fronteira com a Argentina.

No departamento de Ñeembucú moradores locais e pescadores afirmam que as fazendas de arroz que fazem uso intensivo de água do rio para irrigação estão reduzindo os níveis de água, que já estão muito baixos. Os produtores de arroz e o governo dizem que o problema está relacionado às mudanças climáticas, não à irrigação.

O governo, através de David Fariña, diretor de proteção e conservação da água do Ministério do Meio Ambiente do Paraguai, diz que a principal causa dos baixos níveis de água foi a falta de chuvas em toda a bacia do rio e a situação “crítica” no Brasil. Fariña acrescenta que os rios Paraná e Pilcomayo, outros grandes rios que banham o território paraguaio, estão todos na mesma situação. A razão estaria nas mudanças climáticas.

O Paraguai cultiva em Ñeembucú e em cinco outros departamentos 175.000 hectares de arroz, alcançando uma produção anual de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas. Em 2023, o país exportou cerca de 900.000 toneladas no valor de US$ 400 milhões, segundo dados dos produtores.

O Rio Paraguai atingiu uma baixa recorde em 11 de outubro no porto de Alberdi. A Diretoria Nacional de Meteorologia indica que o rio deve permanecer baixo até o final do ano.

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