A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação crítica de escassez hídrica no rio Paraguai até 31 de janeiro de 2025. É a segunda vez no ano que a medida é publicada, a anterior havia sido emitida em maio com validade até 30 de outubro. A medida coincide com a avaliação da Ecoa que indica a necessidade de preparação para 2025 quanto à seca.
A declaração indica a necessidade de medidas adicionais do governo.
O diretor interino da ANA, Marcelo Medeiros, alertou para a necessidade de ampliação do monitoramento, mas frente a cortes no orçamento da Agência isso pode não ocorrer: “Uma das recomendações da declaração de escassez sempre é ampliar o monitoramento. E a gente vai entrar no ano que vem com um corte tão severo de orçamento que nós não podemos garantir isso como agência”.
Este ano, no período mais crítico da seca, o rio Paraguai ficou sem medida de seu nível pela ANA entre os dias 30 de julho e 18 de setembro na região da Bela Vista do Norte, em Mato Grosso do Sul, nas proximidades das fronteiras com Bolívia e Mato Grosso. A medida dos níveis do rio tem grande importância por vários fatores, dentre elas permitir a navegação mais segura. No dia 3 de setembro, um barco de turistas bateu em uma pedra na região de Porto Índio, localizada após a Serra do Amolar, no Pantanal em Corumbá (MS), e um turista morreu. O piloteiro e outro turista foram socorridos.