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Bacia do rio Paraguai tem volume de chuvas similar ao semiárido em 2024

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Seca no rio Paraguai em Forte Coimbra, localizado a jusante de Corumbá (MS).

Via ClimaInfo

O rio vem se recuperando desde novembro, após quase 80 dias de marcas negativas, mas as cotas ainda seguem abaixo do normal para essa época.

A seca histórica no Pantanal fez o bioma se tornar particularmente vulnerável aos incêndios florestais, quase todos eles provocados por ação humana, criminosa ou não. Além disso, a falta de chuvas “secou” a bacia do rio Paraguai, a ponto de fazer esse rio registrar seu menor nível desde 1900.

Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) mostram que de 2023 a 2024 a bacia do Paraguai registrou o pior volume de chuva da série histórica, iniciada em 2000. A precipitação média anual foi de 702 milímetros, semelhante à encontrada em regiões de clima semiárido no país (menor que 800 mm), explica a Folha.

Se for considerada apenas a área do Pantanal, o volume de chuva observado no bioma foi de 670 mm. Um volume muito inferior à média de 950 mm esperada para o ano, de acordo com dados do INPE.

Apesar da série histórica da bacia ser relativamente curta, com 25 anos, outros dados confirmam que a seca é sem precedentes, diz Marcus Suassuna, engenheiro hidrólogo do SGB. Um deles é justamente o menor nível desde 1900, atingido em 18 de outubro.

O levantamento sobre a precipitação durante o ciclo de chuvas, que vai de outubro a setembro, apontou para um déficit hídrico de 36% na bacia, uma vez que a média anual esperada é de 1.095 mm. O Pantanal, porém, tem vivido secas severas e prolongadas desde 2019.

Na 5ª feira (12/12), o Rio Paraguai chegou a 74 centímetros de altura, um mês após começar a deixar de registrar marcas negativas, informa o Diário Corumbaense. Segundo o SGB, as chuvas na região do Pantanal contribuem para elevar o nível do rio Paraguai, mas as cotas ainda estão abaixo do considerado normal para o período do ano.

“Considerando os anos mais críticos do histórico, como referência, é provável que [a estação de] Ladário se mantenha abaixo de 100 cm até a segunda quinzena de dezembro”, informou o último boletim do serviço.

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