- A Fase Neutra no Pacifico tem coincidido com secas no Pantanal.
O Climate Prediction Center (CPC) do National Oceanografic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, divulgou no dia 13/3 as condições de temperatura das águas do Pacifico e suas interações atmosféricas, trabalho que é feito para identificação de prevalência do La Niña, El Niño e a Fase Neutra. O NOAA considera que nada influencia mais o clima global do que as temperaturas do Pacifico equatorial. Quantos aos reflexos para o Pantanal a Ecoa tem algumas hipóteses.
Diz o texto do CPC um aquecimento costeiro significativo foi evidente perto da América do Sul, com o último valor de Niño-1+2 em 1,6°C. Esse aquecimento, no entanto, foi superficial (nos 50 m superiores) e foi associado a anomalias de vento de oeste de baixo nível sobre o Pacífico oriental.
As temperaturas abaixo da média na subsuperfície “também enfraqueceram”. As anomalias atmosféricas do Pacífico tropical continuaram a indicar condições de La Niña. Coletivamente, o sistema acoplado oceano-atmosfera refletiu o enfraquecimento das condições de La Niña e uma tendência para a Fase Neutra.
A equipe do CPC prevê, com chances maiores que 50% até julho-setembro de 2025, que prevalecerá a Fase Neutra. As chances de El Niño – aquecimento – são as mais baixas. Em resumo, a Fase Neutra pode se desenvolver no próximo mês de abril e persistir durante o verão do Hemisfério Norte (62% de chance em junho-agosto de 2025.
Para o Pantanal não é uma boa notícia, pois os períodos de secas maiores e mais prolongadas têm coincidido com a Fase Neutra nas águas do Pacífico.
Neste verão no Hemisfério Sul prevaleceu o La Niña. A se registrar que na bacia do rio Paraguai, onde está o Pantanal, as sub-bacias da parte Norte receberam chuvas mais intensas, enquanto nas da parte Sul a precipitação foi deficiente – o caso mais evidente dessa deficiência é a sub-bacia do rio Miranda, no Mato Grosso do Sul.