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Notícias do Clima

16 minutos de leitura

 Via ClimaInfo

A RECESSÃO CHEGA AO CAMPO
Até ontem, o agronegócio era o único setor a manter a cabeça para fora do tombo da economia brasileira. Não mais. Ao completar 3 trimestres seguidos de retração, o setor está oficialmente em recessão. Pela 2ª vez em 20 anos. O PIB agrícola no terceiro trimestre caiu 6,9% em relação a um ano atrás. A quebra da safra de milho nos Mato Grossos foi de 34%. A da cana na região de Piracicaba foi de 15%. O setor como um todo conseguiu somar a recessão do resto da economia às quebras de safra por conta do clima.
O mesmo clima que o setor deveria proteger cumprindo o Código Florestal, que ele mesmo forçou aprovar em 2012.
http://g1.globo.com/…/agronegocio-sente-crise-e-perde-empre…

AUMENTO DO DESMATAMENTO REPERCUTE MUNDO AFORA
O aumento de 30% na área desmatada no último ano gera manchetes mundo afora e editoriais Brasil adentro. O Tweeter de André Trigueiro aponta para a coincidência no tempo do repique do desmatamento e a aprovação do novo Código Florestal. Na época, muita gente alertava que antes que a lei “pegasse”, a grilagem ia comer solta e abrir áreas para “tomar posse”.
http://www.nature.com/…/deforestation-spikes-in-brazilian-a…
https://www.theguardian.com/…/amazon-deforestation-report-b…
http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/7756241.stm
http://www.npr.org/…/deforestation-of-the-amazon-up-29-perc…
http://www.futura-sciences.com/…/environnement-deforestati…/
http://oglobo.globo.com/…/a-preocupante-retomada-do-desmata…

O ESTUDO DA OXFAM SOBRE A CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NA AMÉRICA LATINA
O acesso igualitário à terra é chave para três dos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável lançada pela ONU em 2015. Um conjunto de relatórios da Oxfam mapeia a situação na América Latina mostrando que 1% das propriedades ocupa mais área do que os restantes 99%. A situação no Brasil é igualmente alarmante, em que pese diferenças históricas em relação aos vizinhos.
As mudanças do clima batem de frente com o modelo de grandes extensões de monocultura pelo aumento de temperatura, pelas mudanças do regime de chuvas e pela redistribuição das águas.
O agronegócio sustentável do Ministro Maggi tem dividas sociais e ambientais profundas.
http://www.oxfam.org.br/…/relatorio-executivo-terra-poder-e…
http://www.oxfam.org.br/…/relatorio-terrenos_desigualdade-b…
http://www.valor.com.br/…/estudo-destaca-concentracao-de-te…

MENOS INSETOS, MENOS POLINIZAÇÃO, MENOS AGRICULTURA
Trocar florestas por pastos e lavouras reduz a biodiversidade. Alavanca mudanças no clima, também. Elimina o ambiente e sustento de insetos responsáveis pela polinização da própria lavoura. Contas feitas por pesquisadores de Minas Gerais estimam que o Brasil poderá perder 51 milhões de toneladas de produtos agrícolas. Mais de 2/3 das culturas daqui dependem da polinização. A agricultura em pequenas propriedades e a familiar seriam as mais atingidas.
http://www1.folha.uol.com.br/…/1837269-morte-de-insetos-poe…

O CLIMA REDUZ A ÁREA PARA PLANTIO DE CAFÉ
O australiano Climate Institute avisa que as mudanças previstas no clima vão reduzir à metade a área adequada para plantar café. Temperaturas maiores e eventos extremos mais frequentes reduzem tanto a área como a produtividade. Isto vai criar uma pressão para plantar café em regiões montanhosas mais altas e criar conflitos com outros usos da terra e ameaçar áreas de preservação.
http://oglobo.globo.com/…/clima-reduzira-pela-metade-area-d…

BNDES LANÇA O FUNDO DE ENERGIA SUSTENTÁVEL
Novos tempos: primeiro anunciou que não vai mais financiar usinas à carvão e óleo. Depois veio o anúncio da ajuda ao equacionamento do saneamento em várias cidades. Anteontem, o BNDES lançou o Fundo de Energia Sustentável – notem, não é “alternativa” e não é só “renovável”. Vai funcionar emitindo títulos verdes de ativos para projetos de infraestrutura voltados para a economia de baixo carbono. O Fundo começa com um patrimônio de R$ 500 milhões para 15 anos. De cara, espera que isto alavanque projetos orçados de mais de R$ 3,8 bilhões nos próximos 18 meses.
http://bndes.gov.br/…/bndes-aprova-criacao-do-fundo-de-ener…

TAPAJÓS OUTRA VEZ. E O GOVERNO QUER MELHORAR A COMUNICAÇÃO
Ninguém tinha a ilusão de que a usina São Luiz do Tapajós tivesse sido arquivada para todo sempre. Mas mal passados 3 meses ela volta a baila. Ontem, em um evento no Rio, elétricos de alta patente retomaram o discurso do desenvolvimento do país não poder prescindir da mega-usina. Pelo que foi dito, o diagnóstico da situação é a falta de comunicação e que é preciso, nas palavras do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema, “esclarecer para sociedade que Tapajós é bom para o Brasil, é bom para a sociedade brasileira, é bom para a economia do país e, sobretudo, é bom para as regiões onde vai ser instalado”.
Sintomaticamente, não há menção a povos indígenas e ribeirinhos. Não há menção aos impactos ambientais. O grande problema é como contar a história para a gente dormir em paz.
http://www.valor.com.br/…/projeto-da-usina-de-tapajos-pode-…

LANÇAMENTO DE “BELO MONTE: DEPOIS DA INUNDAÇÃO”
Narrado pelo ator Marcos Palmeira, Belo Monte: Depois da Inundação conta a história e as consequências de uma das hidrelétricas mais polêmicas do mundo. Por meio de entrevistas com líderes indígenas, ativistas e moradores locais, o documentário demonstra como esse megaprojeto, que custou mais de $30 bilhões – na sua maior parte financiado com dinheiro público – deixou um legado de violações de direitos humanos e graves danos ambientais na região do baixo Xingu. Ao mesmo tempo, o filme conta a história de lutas dos povos indígenas, movimentos sociais e seus aliados para cobrar justiça e a responsabilização pelos crimes cometidos em Belo Monte, e para evitar a repetição dos mesmos erros na bacia do Tapajós.
http://www.belomonteaftertheflood.com/

ROYALTIES DO PRÉ-SAL NÃO FLUEM POR FALTA DE REGULAMENTAÇÃO
O secretário adjunto de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), João José de Nora Souto, disse nesta quinta (1/12) que o governo tem R$ 768 milhões a receber pela produção de petróleo em reservas que estão em áreas da União. Os recursos referem-se a produção realizada desde 2015 e já poderiam estar sendo arrecadados, caso a política de venda do petróleo pela estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) já estivesse regulamentada.
http://www1.folha.uol.com.br/…/1837531-governo-tem-a-recebe…

MAIS ESPAÇO PARA ANDAR A PÉ NA LIBERDADE, SÃO PAULO
A intervenção é assim meio pobrinha, mas vai na direção correta: começou com a pintura de uma faixa verde na Rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade, para ampliar o espaço para os pedestres. Agora a mesma rua vai ser liberada somente para pedestres nos sábados, domingos e feriados.
Segundo a CET, 95% dos frequentadores, ou 64 mil pessoas, circulam a pé pela Galvão Bueno em um domingo de compras, entre 9h e 19h; outras 4 mil (5%) usam carro ou moto. Antes da intervenção, os 5% motorizados tinham à disposição 56% do espaço da rua, o que fazia com que, em horários de pico, 25% dos pedestres chegassem a circular pelo asfalto, junto aos carros.
Ponto para o transporte ativo.
http://saopaulosao.com.br/…/2354-programa-centro-aberto-amp…#

OS ÔNIBUS A DIESEL VÃO SUMIR DE LONDRES ATÉ 2018

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, prometeu que a partir de 2018 não mais comprará ônibus de dois andares movidos exclusivamente a diesel, como parte de sua campanha para limpar o ar tóxico da capital. Além disso, todos os novos ônibus de um único piso serão de emissão zero. O prefeito também revelou o primeiro ônibus de dois andares alimentado a hidrogênio, fabricado pela Wrightbus, e disse que será testado nas ruas de Londres já no próximo ano.
Khan está trabalhando com funcionários de outras cidades ao redor do mundo para eliminar os ônibus poluentes e estimular o desenvolvimento de autocarros de emissão zero e baixa, reduzindo seus custos. Onze outras cidades, incluindo Nova York, Amsterdã e Cidade do Cabo, prometeram suprimir gradualmente a aquisição de ônibus a diesel até 2020, sendo que Paris, Madri e a Cidade do México prometem terminar seu emprego até 2025.
https://newsletters.briefs.bloomberg.com/…/110mraoFbq2R4ipS…

PARA ALCANÇAR 33% DE ENERGIA RENOVÁVEL, LOS ANGELES LANÇA PROGRAMA DE MICROGERAÇÃ SOLAR EM CASAS DE BAIXA RENDA.
http://www.utilitydive.com/…/in-push-to-33-renewab…/431229/…

GOVERNO ALEMÃO DIZ QUE A PROTEÇÃO DO MUNDO CONTRA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SERÁ UM DOS PILARES CENTRAIS DE SUA PRESIDÊNCIA DO G20.
http://www.climatechangenews.com/…/germany-makes-climate-c…/

MILITARES PREVEEM QUE O CLIMA PROVOCARÁ CRISES DE REFUGIADOS
Militares do mundo todo avisam que o século 21 verá constantes crises de refugiados criadas pelas mudanças do clima. Um militar de Bangladesh estima que 30 milhões de pessoas virarão refugiados climáticos. Um general americano de muitas estrelas diz que falta de alimentos, insegurança hídrica e eventos climáticos extremos serão o novo padrão de normalidade. Diz que as mudanças do clima estão por trás das sucessivas crises no Oriente Médio, da insurgência do Boko Haram na Nigéria e da instabilidade que levou à independência do Sudão do Sul. Repete um mantra: mitigar e adaptar às mudanças do clima vai sair muito mais barato do que lidar com os impactos à segurança americana.
https://www.theguardian.com/…/climate-change-trigger-unimag…

 

A FRANÇA E A INGLATERRA VULNERÁVEIS A INUNDAÇÕES
Em junho, regiões inteiras de Paris ficaram debaixo de água. Há poucos dias atrás, a Córsega foi varrida por chuvas torrenciais que provocaram deslizamentos e quedas de pontes. A França prepara a terceira edição de seu programa de ação de prevenção contra inundações (PAPI), distribuído nas províncias mais vulneráveis, com o objetivo de dar suporte a autoridades locais e a moradores na tarefa de retomarem a vida normal o mais rápido possível após eventos destruidores.
Já na Inglaterra, a primeira das grandes tempestades de inverno, o Angus, chegou pelo sudoeste e subiu até o País de Gales provocando estragos mil.
http://www.lemonde.fr/…/la-france-trop-vulnerable-aux-inond…
https://www.theguardian.com/…/storm-angus-floods-hit-south-…

O TEMPO PARA A MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ESTÁ SE ESGOTANDO
A geoengenharia está ganhando terreno como uma opção, mas precisa ser examinada em grande escala para determinar sua eficácia e riscos associados.
http://www.nature.com/ngeo/journal/…/n12/full/ngeo2858.html…

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