Na manhã desta segunda-feira (07/04), a técnica e integrante do grupo gestor da Ecoa, Fernanda Cano, participou como palestrante do Programa de Inclusão de Calouro (PROINCA), promovido pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Dourados (MS).
A convite da universidade, Fernanda levou ao público uma visão ampla do trabalho realizado pela Ecoa no Pantanal. Ela destacou temas como:
- a presença das comunidades tradicionais que vivem no Pantanal e como elas contribuem para a conservação do território;
- a instalação de sistemas de energia limpa em comunidades pantaneiras;
- a formação de brigadas comunitárias para prevenção e combate a incêndios florestais;
- como as mudanças climáticas estão afetando a região;
- os impactos de eventos extremos, como secas, cada vez mais frequentes, e dos incêndios;
- os efeitos de represas e grandes obras de infraestrutura sobre a dinâmica hídrica da região, entre outros assuntos.
Ao tratar dos efeitos dos eventos climáticos extremos, Fernanda destacou que, embora o ano de 2024 tenha sido ainda mais severo que 2020 — quando cerca de 4,5 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo durante a pandemia —, a área atingida pelas chamas foi menor: cerca de 2,5 milhões de hectares. Segundo ela, essa redução só foi possível graças ao maior preparo e à atuação articulada entre diversas instituições, incluindo a Ecoa, o Corpo de Bombeiros, o PrevFogo/Ibama e os governos estadual e federal, que implementaram ações mais eficazes de prevenção e combate. “O cenário poderia ter sido muito pior”, afirmou.
Fernanda também evidenciou a importância de integrar conservação ambiental com os saberes das comunidades locais. Ela apresentou exemplos concretos como o trabalho de restauração ecológica na Área de Proteção Ambiental (APA) Baía Negra, em Ladário (MS) — uma área que antes funcionava como lixão e hoje é espaço estratégico de preservação —, e as ações desenvolvidas no Assentamento São Gabriel, onde o projeto Paisagem Modelo Pantanal apoia a implantação de sistemas agroflorestais. Nessa comunidade, bombas movidas a energia solar garantem irrigação durante a seca, assegurando produção, segurança alimentar e geração de renda. Atualmente, 15 famílias participam da iniciativa, fortalecendo seus modos de vida com base na sustentabilidade.
📽️ Assista à palestra completa no vídeo abaixo (a partir de 33:22):
Acesse também os slides apresentados por Fernanda Cano: Apresentação PROINCA_Fernanda Cano