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Conservação com produção e renda: no Pantanal, um modelo para o Brasil

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Foto enviada por pequeno produtor rural do Assentamento 72 em Ladário (MS).

Na carroceria da caminhonete, mamões graúdos, alfaces fresquinhas banana e outros alimentos colhidos no Assentamento Rural 72, em Ladário (MS).

Comercializado em feiras livres e também utilizado para abastecer a merenda escolar do município, esse alimento produzido em sistemas agroflorestais com irrigação integrada à energia solar chega às famílias com menor custo e em menos tempo. A economia local ganha fôlego, e o produtor amplia sua renda: um mamão formosa de aproximadamente 2 quilos é vendido por 6 reais. Nos mercados de Campo Grande, a capital do MS, o quilo está por volta de 12 a 13 reais.

No ano passado, em meio à maior seca já registrada no Pantanal, os sistemas agroflorestais resistiram e continuaram em plena produção.

Com estrutura adequada para escoar e vender, o impacto tende a crescer. E há medidas favoráveis nesse sentido: o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, anunciou recentemente a flexibilização temporária para comercialização de produtos da agricultura familiar como ovos, mel e leite. Isso abre novas portas para os agricultores da região.

Paisagem Modelo Pantanal e restauração produtiva

Na Paisagem Modelo Pantanal, que abrange os municípios de Corumbá e Ladário, o que se vê é mais do que um projeto: é um modelo viável para o Brasil. Um modelo que une produção de alimentos, geração de renda e restauração ambiental.

Desde 2023, 16 agroflorestas já foram implantadas no Assentamento 72. Só na última etapa, foram 1.516 mudas e sementes em meio hectare, combinando espécies frutíferas, nativas e plantas de serviço. Os sistemas integram cultivos agrícolas, árvores e irrigação com energia solar — uma alternativa sustentável, mesmo em um cenário de crise climática.

Matéria editada dia 23/06 às 11h46 para acréscimo de informações.

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