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Missão Pantanal em Brasília: representantes levam demandas das comunidades à ministra Marina Silva

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No próximo dia 25, representantes de comunidades tradicionais do Pantanal se reúnem com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em Brasília. A audiência tem como objetivo apresentar demandas urgentes dos povos e comunidades que vivem na região pantaneira, especialmente em tempos de intensas secas, incêndios e ameaças aos modos de vida locais.

A comitiva reúne vozes de diferentes territórios e histórias do Pantanal. São pescadores, ribeirinhos, indígenas, brigadistas, artesãs e lideranças comunitárias comprometidas com a conservação ambiental e a permanência digna no território.

Conheça os representantes que estarão presentes:

Catarina Guató – Líder indígena Guató, Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e fundadora da Associação Renascer (Associação de Mulheres Artesãs da Comunidade da Barra do São Lourenço). Guardiã do Pantanal, compartilhou com as mulheres da comunidade o saber ancestral do artesanato com aguapé, fortalecendo cultura, renda e identidade.

Prof. Aguinaldo Silva (UFMS) e Catarina Guató durante a solenidade de entrega do título. Imagem: Álvaro Herculano (UFMS)

Ivan Junior da Silva – Jovem atuante que se soma às históricas lutas da Barra do São Lourenço. Busca políticas públicas, melhorias e visibilidade para sua comunidade.

José (Zé) Catarino de Souza –  Um dos maiores representantes dos pescadores artesanais do Pantanal e da Barra do São Lourenço. Nascido e criado na comunidade, é uma presença constante e referência de respeito na região. Esposo de dona Joana, a primeira líder comunitária da região, lutando juntos por espaço e políticas públicas.

José Catarino em articulação com os brigadistas do Pantanal. Foto: Silvia Souza.

Eliane Aires – Pescadora, artesã, presidente da Renascer. Representa o Pantanal no Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e é uma das vozes de liderança na comunidade.

Eliane Aires durante curso para brigadistas comunitários.

Luiz Antonio da Silva – Filho de dona Enaurina, ribeirinha do Chané, e de Luiz de Guató, um dos guardiões da Serra do Amolar. No Porto Chané, mantém viva a memória e a luta dos pais pela proteção do bioma e por dignidade à comunidade local.

Foto: arquivo pessoal.

Marivania Souza – Artesã, nascida e criada na Barra do São Lourenço. Carrega os saberes da terra e do artesanato local.

Foto: arquivo pessoal.

Tila Maria da Silva – Moradora da região do Binega, pertence ao núcleo familiar de dona Joana, uma das grandes lideranças da região. Dá continuidade à luta pelos direitos e pela qualidade de vida do território.

Nilson da Conceição – Também do Binega, caminha ao lado de sua esposa Tila na defesa do território e na busca por políticas públicas que garantem melhores condições à população local.

Roberto Carlos (Beto) de Arruda – Pantaneiro e dono de uma pequena pousada de turismo de base comunitária. Atua no ecoturismo, é brigadista comunitário e uma figura de referência na Serra do Amolar.

Roberto “Beto” de Arruda. Foto: Fernanda Cano.

Rosevani Nogales – Jovem empreendedora do Porto Amolar, atua no turismo de base comunitária. Participa ativamente de discussões sobre a escola da Barra do São Lourenço, como currículo, alimentação escolar e o bem-estar dos alunos.

Rosevani em formação de brigadistas. Foto: Fernanda Cano.

Severo Xavier – Ancião da Barra do São Lourenço, nascido e criado na região. Pescador artesanal, é uma das principais referências da comunidade, especialmente para os mais jovens.

Severo durante formação de brigadistas do Pantanal. Foto: Silvia Souza.

Vanderlei (Wando) Aires – Nascido e criado na Barra do São Lourenço, é um dos seus guardiões. Esta será sua primeira viagem para fora do território, motivada pela força das pautas que representa.

Foto: arquivo pessoal.

Outras reuniões estão programadas para a Missão, dentre elas no Ministério da Pesca e Aquicultura e na Câmara dos Deputados.

Matéria editada às 16h25 para ajuste de informações.

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Parabéns pela matéria. Conheço a região desde a ultima década do século passado, tendo acompanhado vários eventos climáticos extremos, dentre eles grandes cheias (2011 e 2018) e, mais recentemente, as secas de 2020 e 2024, eventos que criaram as condições para os incêndios devastadores. O quadro hoje vai além das cicatrizes, pois, em alguns casos, as feridas ainda estão abertas e a questão é: são ‘cicatrizáveis’?

Comentário de Alcides Faria publicado na Folha de São Paulo na matéria “Comunidades ribeirinhas do pantanal