A 60 km de Corumbá (MS), na interseção entre o rio Paraguai e a Estrada Parque Pantanal, a comunidade de Porto da Manga guarda histórias que cruzam passado e presente. Ali, onde o Marechal Cândido Rondon ergueu um posto telegráfico sobre palafitas – como mostra a foto de Jean Fernandes, conselheiro da Ecoa -, vive uma comunidade marcada pelo protagonismo feminino, pela pesca tradicional e pelo ecoturismo.

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Foto de Jean Fernandes, membro do Conselho da Ecoa, retrata o cotidiano da comunidade Porto da Manga durante o período de cheia.

Localizada a 60 km de Corumbá (MS), na interseção entre o rio Paraguai e a Estrada Parque Pantanal, a comunidade de Porto da Manga é composta por 47 famílias, totalizando aproximadamente 250 pessoas. A região tem importância histórica pela presença de um antigo posto de telegrafia construído pelo Marechal Cândido Rondon e é considerada um dos polos de turismo ambiental do município.

A principal atividade econômica da comunidade é a coleta de iscas-vivas para a pesca turística, exercida em sua maioria por mulheres. A coleta é realizada em lagoas marginais ao rio Paraguai e envolve longas jornadas, contribuindo de forma significativa para a renda familiar. Outras atividades incluem pesca artesanal e prestação de serviços ao turismo, como pilotagem de barcos e acompanhamento de visitantes.

A comunidade conta com a Associação de Mulheres Extrativistas da Comunidade de Porto da Manga, que mantém uma cozinha comunitária como centro de produção e um símbolo da organização local. O território apresenta iniciativas que integram conservação ambiental, geração de renda e valorização dos saberes tradicionais, com destaque para o protagonismo das mulheres nos sistemas produtivos locais.

Criança saindo da escola e indo pra casa – Porto da Manga, no período de cheia no Pantanal, em 2006. Foto: Jean Fernandes/Acervo Ecoa

 

 

 

Cozinha comunitária da Associação de Mulheres do Porto da Manga. Foto: Acervo Ecoa

 

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