A mandaçaia pantaneira (cujo nome científico é Melipona orbignyi), uma das espécies símbolo do Programa Oásis da Ecoa, é a abelha que origina seu nome de palavra indígena que significa “vigia bonito”, por ser uma requintada guardiã da colmeia. É uma das várias espécies que contribuem para prover alimentos e medicamentos para o ser humano por meio da polinização. Além disso, a própolis feita por esta espécie comprovadamente ajuda a combater infecções, assim como auxilia na prevenção de várias doenças.
De acordo com texto da Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (FEAMS), a mandaçaia está “quase extinta”, para o professor Dr. José Benedito Parrella Balestieri (UFGD), que estuda abelhas sem ferrão há mais de 30 anos, está cada vez mais difícil encontrar colônias de Melipona orbignyi em matas do MS. “As abelhas encontram dificuldades para buscar alimento na área rural por conta das plantações voltadas para monocultura intensiva e uso de inseticidas, já na cidade há maior diversidade, com arborização mais estável, e por isso os ninhos estão na área urbana”, detalha o professor.
Segundo o biólogo Marcos Wolf, a mandaçaia pantaneira e a uruçu-amarela-do-planalto-central são mais sensíveis ao desmatamento e dependem de grandes áreas de vegetação nativa para manter uma população estável. “São espécies que estão mais vulneráveis à extinção. A manutenção e a reprodução artificial dessas espécies é uma forma de contribuir para a preservação das mesmas”.