Antônio Maria Coelho

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Localizada na Morraria do Urucum, a 35 km de Corumbá, nesta comunidade centenária vivem aproximadamente 35 famílias. A região, apesar de ser local de nascentes, sofre com falta de água ocasionada pela carência de informação da ocupação humana e pelo uso desenfreado das empresas de mineração e ferro-gusa que atuam no local.

A presença dessas empresas promoveu forte pressão para a expulsão dos pequenos agricultores da Região. Apesar de centenária, são poucos os moradores que possuem documentos que comprovem a posse das terras.

Com orientações da Ecoa, através do projeto “Pantanal e os Riscos da Contaminação”, a comunidade ganhou voz e hoje organizados em Associação, foi possível iniciar diálogos com as empresas para assim garantir uma convivência pacífica.

A parceria com outras ONGs, como a Paz, Natureza & Pantanal (PN&P), os moradores recebem orientações para conseguirem na justiça o direito de usucapião para a regularização das propriedades. Com a Embrapa Pantanal, a comunidade tenta aliar conservação e uso racional dos recursos naturais da região em projetos de agricultura familiar e extrativismo.

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Antônio Maria Coelho

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A comunidade tradicional de Antonio Maria Coelho está situada às margens da rodovia BR-262, próxima a antiga Rede Ferroviária Federal S/A – Noroeste do Brasil, no Município de Corumbá, MS, nas proximidades da Morraria do Urucum. Nela estão instaladas uma usina de ferro-gusa e três mineradoras, todas operando 24 horas por dia, desde 2005. É uma região valorizada ambientalmente pelos recursos hídricos, diversidade faunística e de flora com destaque para a bocaiuva (Acrocomia aculeata).

As 20 famílias têm fontes de renda diversificada. Parte dos homens trabalha nas mineradoras, outros são pequenos agricultores. Já as mulheres extraem e processam a bocaiuva (Acrocomia aculeata), tendo a farinha como produto principal. Também são produzidos outros derivados como a polpa e o óleo. As mulheres da comunidade trabalham ainda com panificação para comercialização em feiras.

As casas são de alvenaria, possuem fossa sanitária e energia elétrica de rede. Atualmente a comunidade enfrenta sérios problemas de acesso à água em função da sua utilização pelas indústrias minero-siderúrgicas. Estas têm interferido na vida regional no que tange ao social, cultural, ambiental e produtiva. A criação da Associação, em 2006, ocorreu como forma de fortalecimento frente a estes empreendimentos.

Apesar de centenária, são poucos os moradores que possuem documentos que comprovem a posse das terras. Apesar da região ter nascentes, sofre com falta de água ocasionada pela carência de informação da ocupação humana e pelo uso desenfreado das empresas de mineração e ferro-gusa que atuam no local. A presença dessas empresas promoveu forte pressão para expulsão dos pequenos agricultores.

Com orientações da Ecoa, através do projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação, a comunidade ganhou voz e hoje organizados em associação, foi possível iniciar diálogos com as empresas para assim garantir uma convivência pacífica.

Os moradores recebem orientações para conseguirem na justiça o direito de usucapião para a regularização das propriedades. Com a Embrapa Pantanal, a comunidade tenta aliar conservação e uso racional dos recursos naturais da região em projetos de agricultura familiar e extrativismo.

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