Antônio Maria Coelho

1 min de leitura

Localizada na Morraria do Urucum, a 35 km de Corumbá, nesta comunidade centenária vivem aproximadamente 35 famílias. A região, apesar de ser local de nascentes, sofre com falta de água ocasionada pela carência de informação da ocupação humana e pelo uso desenfreado das empresas de mineração e ferro-gusa que atuam no local.

A presença dessas empresas promoveu forte pressão para a expulsão dos pequenos agricultores da Região. Apesar de centenária, são poucos os moradores que possuem documentos que comprovem a posse das terras.

Com orientações da Ecoa, através do projeto “Pantanal e os Riscos da Contaminação”, a comunidade ganhou voz e hoje organizados em Associação, foi possível iniciar diálogos com as empresas para assim garantir uma convivência pacífica.

A parceria com outras ONGs, como a Paz, Natureza & Pantanal (PN&P), os moradores recebem orientações para conseguirem na justiça o direito de usucapião para a regularização das propriedades. Com a Embrapa Pantanal, a comunidade tenta aliar conservação e uso racional dos recursos naturais da região em projetos de agricultura familiar e extrativismo.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Em novembro de 2023 a Ecoa participou de reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, apresentando a necessidade de o Banco tivesse especial atenção para a América do Sul quanto à questão climática. A região precisaria do BID para apoiar projetos voltados para a mitigação de eventos climáticos extremos em diferentes territórios. As cidades “biomas” precisam de apoio especial para medidas básicas como a arborização adequada a esses novos tempos.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, criador da RPPN Água Branca – nova reserva reconhecida oficialmente pelo ICMBio, que garante a proteção definitiva da segunda maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, no município de Pedro Gomes.Seu Nelson foi recebido pela pesquisadora Fernanda Cano, e Alcides Faria, diretor institucional e um dos fundadores da Ecoa, e conversaram sobre as possibilidades que se abrem com a preservação da cachoeira e a criação da RPPN.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, proprietário da

/

Antônio Maria Coelho

3 minutos de leitura

A comunidade tradicional de Antonio Maria Coelho está situada às margens da rodovia BR-262, próxima a antiga Rede Ferroviária Federal S/A – Noroeste do Brasil, no Município de Corumbá, MS, nas proximidades da Morraria do Urucum. Nela estão instaladas uma usina de ferro-gusa e três mineradoras, todas operando 24 horas por dia, desde 2005. É uma região valorizada ambientalmente pelos recursos hídricos, diversidade faunística e de flora com destaque para a bocaiuva (Acrocomia aculeata).

As 20 famílias têm fontes de renda diversificada. Parte dos homens trabalha nas mineradoras, outros são pequenos agricultores. Já as mulheres extraem e processam a bocaiuva (Acrocomia aculeata), tendo a farinha como produto principal. Também são produzidos outros derivados como a polpa e o óleo. As mulheres da comunidade trabalham ainda com panificação para comercialização em feiras.

As casas são de alvenaria, possuem fossa sanitária e energia elétrica de rede. Atualmente a comunidade enfrenta sérios problemas de acesso à água em função da sua utilização pelas indústrias minero-siderúrgicas. Estas têm interferido na vida regional no que tange ao social, cultural, ambiental e produtiva. A criação da Associação, em 2006, ocorreu como forma de fortalecimento frente a estes empreendimentos.

Apesar de centenária, são poucos os moradores que possuem documentos que comprovem a posse das terras. Apesar da região ter nascentes, sofre com falta de água ocasionada pela carência de informação da ocupação humana e pelo uso desenfreado das empresas de mineração e ferro-gusa que atuam no local. A presença dessas empresas promoveu forte pressão para expulsão dos pequenos agricultores.

Com orientações da Ecoa, através do projeto Pantanal e os Riscos da Contaminação, a comunidade ganhou voz e hoje organizados em associação, foi possível iniciar diálogos com as empresas para assim garantir uma convivência pacífica.

Os moradores recebem orientações para conseguirem na justiça o direito de usucapião para a regularização das propriedades. Com a Embrapa Pantanal, a comunidade tenta aliar conservação e uso racional dos recursos naturais da região em projetos de agricultura familiar e extrativismo.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog

Em novembro de 2023 a Ecoa participou de reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, apresentando a necessidade de o Banco tivesse especial atenção para a América do Sul quanto à questão climática. A região precisaria do BID para apoiar projetos voltados para a mitigação de eventos climáticos extremos em diferentes territórios. As cidades “biomas” precisam de apoio especial para medidas básicas como a arborização adequada a esses novos tempos.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, criador da RPPN Água Branca – nova reserva reconhecida oficialmente pelo ICMBio, que garante a proteção definitiva da segunda maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, no município de Pedro Gomes.Seu Nelson foi recebido pela pesquisadora Fernanda Cano, e Alcides Faria, diretor institucional e um dos fundadores da Ecoa, e conversaram sobre as possibilidades que se abrem com a preservação da cachoeira e a criação da RPPN.

Hoje tivemos a alegria de receber na Ecoa, o produtor rural Nelson Mira Martins, proprietário da